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Cabo Delgado: Forças de Defesa abateram 37 terroristas

Lusa
25 de dezembro de 2020

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique disse que as Forças de Defesa e Segurança abateram um total de 37 terroristas e apreenderam 21 armas na última semana em Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

Mosambik | Palma Cabo Delgado | Kommando Spezialkräfte
Foto: Roberto Paquete/DW

Os resultados anunciados esta sexta-feira (25.12) são consequência de operações do 7.º batalhão das Forças de Defesa e Segurança posicionado em Macomia, uma das regiões mais afetadas pelas incursões dos insurgentes, disse à comunicação social Bernardino Rafael, durante uma visita à sede daquele distrito localizado a 176 quilómetros da capital provincial de Cabo Delgado (Pemba).

Segundo o comandante-geral da polícia moçambicana, além dos 37 insurgentes abatidos e das 21 armas apreendidas, as Forças de Defesa e Segurança destruíram três viaturas, 10 motorizadas, nove bicicletas e 17 embarcações, meios que eram usados pelos grupos insurgentes durante as suas incursões.

"Se eles experimentarem entrar aqui, vão encontrar uma resposta pronta, como aquela que vocês sempre têm dado", disse aos militares do 7.º batalhão das Forças de Defesa e Segurança o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique.

Bernardino Rafael, Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique Foto: DW

Forças de Defesa em alerta

Na quinta-feira, as Forças de Defesa e Segurança anunciaram que abateram quatro insurgentes e frustraram uma tentativa de invasão à sede da localidade de Mute, próxima do megaprojeto de gás natural em Cabo Delgado.

A aldeia é atravessada pela única estrada asfaltada da zona e fica situada a 25 quilómetros a sul de Palma, vila costeira sede de distrito, e a uma distância pouco menor das obras que decorrem na península de Afungi, onde está a ser construída a zona industrial de processamento de gás natural da Área 1 da bacia do Rovuma, o maior investimento privado de África, da ordem dos 20 mil milhões de euros.

A violência armada em Cabo Delgado começou há três anos e está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.

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