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PolíticaCabo Verde

Cabo Verde: EUA comprometidos em "parceria" com África

Lusa
22 de janeiro de 2024

O secretário de Estado norte-americano disse hoje, na Cidade da Praia, que os EUA estão "completamente empenhados" em construir uma "parceria para o futuro" com África e que Cabo Verde é uma porta para muitos países.

Kap Verde US-Außenminister Antony Blinken und José Ulisses de Pina Correia e Silva
Foto: Ângelo Semedo/DW

"Não podíamos estar mais agradecidos e mais orgulhosos com esta parceria com Cabo Verde, acho que é um sítio muito confiável para começar este périplo, que nos vai levar à Costa do Marfim, Nigéria e Angola", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, numa declaração à imprensa, no Porto da Praia, capital de Cabo Verde, uma infraestrutura cuja expansão contou com apoio dos Estados Unidos.

O secretário de Estado recordou as palavras do Presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o compromisso com os países africanos, que foi reforçado na última cimeira entre as partes realizada em Washington.

"Este périplo é parte disso e foca-se no compromisso e convicção do Presidente Biden de que os Estados Unidos e África estão a construir uma parceria para o futuro", afirmou Blinken, que destacou o facto de Cabo Verde ser uma "porta para a África" e para muitos outros países do mundo, incluindo os Estados Unidos.

"E grande parte dessa porta é este Porto", frisou, enfatizando as melhorias na infraestrutura após a expansão, que é agora uma "porta maior para" África e para muitos outros países.

"Vimos que este projeto de expansão produz empregos, e também pensamos que Cabo Verde tornou-se cada vez mais um destino do turismo, para navios de cruzeiros, tudo isso graças ao trabalho que foi feito em larga medida graças ao Millennium Challenge Corporation (MCC).

Secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, em Cabo VerdeFoto: Ângelo Semedo/DW

"Notável parceiro" dos EUA

Antony Blinken fez a declaração à imprensa no Porto da Praia após um encontro no Palácio do Governo com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, a quem agradeceu pelo país ser um "notável parceiro" dos Estados Unidos.

"Esta é uma parceria baseada, fundamentalmente, na partilha de valores, assim como partilha de interesses", prosseguiu, sublinhando o "extraordinário facto" de Cabo Verde ser o primeiro país a completar dois pacotes do MCC e ter sido selecionado para um terceiro, que vai focar-se n conectividade regional, integração e reforçar os laços económicos entre os países na costa ocidental de África.

Saúde e segurança sanitária, economia azul, mas também segurança são outras das áreas que o chefe da diplomacia norte-americana sublinhou na relação com Cabo Verde.

Blinken elogiou Cabo Verde pela sua estabilidade na região da África Ocidental, mas também pelas suas posições em questões sensíveis a nível internacional, como a invasão russa da Ucrânia.

Esta foi a primeira visita do género do secretário de Estado dos EUA a Cabo Verde, para reforçar a parceria entre os dois países.

Cabo Verde quer mais investimentos dos EUA

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, manifestou hoje, na Praia, ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a vontade de reforçar as relações com os Estados Unidos na segurança marítima e cibersegurança a nível regional e global.

"Gostaríamos de reforçar a nossa parceria com os EUA na segurança marítima e na cibersegurança, numa perspetiva regional e global. Uma parceria estruturada, previsível e sustentada", declarou o chefe do Governo, na cidade da Praia, num encontro com o chefe da diplomacia norte-americana.

Na sua intervenção, Ulisses Correia e Silva disse que Cabo Verde quer ainda reforçar as relações com os Estados Unidos da América ao nível do diálogo político e diplomático, mas também da atração de investimentos e comércio, formação, ciência e tecnologia.

O chefe do Governo cabo-verdiano manifestou ainda o interesse do país na massificação da língua inglesa e disse que Cabo Verde gostaria de ter de regresso o programa Corpo da Paz de regresso,  que esteve presente entre 1988 e 2013, com 527 voluntários que trabalharam em diversas áreas, incluindo na educação, uma possibilidade que está a ser analisada pelos Estados Unidos.

Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e SilvaFoto: Hannah McKay/REUTERS

Essa eventualidade foi avançada à imprensa em fevereiro de 2023 por Julie Burns, conselheira sénior que fez parte de uma equipa que foi recebida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, no âmbito de uma missão ao arquipélago.

Financiamentos norte-americanos

Para o primeiro-ministro, a primeira visita do género de Blinken a Cabo Verde "reforça as excelentes relações" entre Cabo Verde e os Estados Unidos e que o facto de ir a outros países africanos é um "exemplo genuíno" do interesse da administração do Presidente Joe Biden em parceiras vencedoras com o continente.

A visita de Blinken acontece pouco tempo depois de Cabo Verde ter sido certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como país livre de malária e depois de ter sido indicado para um terceiro programa de financiamento do MCC.

O MCC, agência governamental independente dos EUA, anunciou em dezembro que Cabo Verde foi considerado elegível para um terceiro "compacto" de ajuda pública ao desenvolvimento, destinado à integração económica regional, com valores a definir.

A passagem pelo Estado lusófono dá início a um périplo de Blinken por África, que inclui Costa do Marfim (dia 23), Nigéria (dia 24) e Angola (dias 25 e 26), num contexto em que os Estados Unidos procuram marcar posições face a avanços da Rússia e China no continente.

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