Candidata espera PAICV mais fortalecido após eleições
Lusa | nn
22 de dezembro de 2019
A deputada Janira Hopffer Almada espera que o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) saia "cada vez mais fortalecido" após as eleições internas em que é candidata única à sua própria sucessão.
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"O importante é que o partido saia cada vez mais fortalecido", disse este domingo (22.12) aos jornalistas a recandidata a presidente do maior partido da oposição cabo-verdiana, após votar numa mesa instalada numa escola no bairro de Achada de Santo António, cidade da Praia.
Janira Hopffer Almada salientou que o partido está num "momento muito particular", próximo de um período eleitoral, que começa no próximo ano com as eleições autárquicas e no ano seguinte com as legislativas.
"O importante é que cada militante, amigo e simpatizante do PAICV tenha a consciência exata que o partido será tanto ou mais forte quanto maior e melhor for a contribuição que cada um der. É esse o apelo que faço, que cada um de nós tenha a entrega, o empenho de colocar os interesses de Cabo Verde sempre em primeiro lugar, de dar a sua contribuição para um partido cada vez mais forte para que possamos resgatar Cabo Verde, na perspetiva de construirmos um país que seja para todos", pediu.
A agora deputada da Nação foi eleita pela primeira vez presidente do PAICV em 2014, altura em que ainda era ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, tendo conseguido 51,24% dos votos, contra 40,31% de Felisberto Vieira, que era líder parlamentar do partido, e 8,45% de Cristina Fontes Lima, então ministra adjunta e da Saúde.
Na reeleição, em 2017, como candidata única e já com o PAICV na oposição, ganhou com mais de 90% dos votos dos cerca de 35 mil militantes no país e na diáspora.
Dizendo que gostaria de aumentar ou manter a percentagem de votos alcançada na eleição anterior, Janira Almada sublinhou que o mais importante é o objetivo final, que é vencer. "A minha motivação em ter e liderar um partido forte é na perspetiva de podermos ter cada vez mais capacidades, competências e forças na defesa dos interesses de Cabo Verde", reforçou a candidata, que voltou a tecer críticas à governação do país por parte do atual Governo, liderado por Ulisses Correia e Silva, e suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD).
À procura de união
Após renovar o mandato, Janira Hopffer Almada disse que vai estar determinada em trabalhar para a construção de um PAICV sempre orgulhoso do seu passado, mas também assumindo como portador de futuro.
"Mas também quero um partido unido em torno de causas e valores e a nossa causa maior, aquela que nos deve unir a todos, é a causa Cabo Verde, indubitavelmente", prosseguiu, pedindo uma coesão baseada na contribuição que cada um pode dar para o partido.
Neste sentido, pediu igualmente a mobilização de todos, não para trabalhar por esta ou aquela liderança, mas sim "por Cabo Verde".
As 300 mesas de voto vão estar abertas até às 17h00 locais em todo o país (240) e na diáspora (60), para a votação de 34.773 militantes inscritos nos cadernos. Depois da eleição, o XVI congresso ordinário vai decorrer entre 31 de janeiro e 02 de fevereiro de 2020, que vai servir também para eleger os novos órgãos do partido.
Janira Hopffer Almada é o quinto presidente e a primeira mulher a liderar o PAICV, depois de Aristides Maria Pereira, Pedro Pires, Aristides Raimundo Lima e José Maria Neves.
Quem são as mulheres mais poderosas de África?
Nove mulheres africanas dão que falar no mundo da política e dos negócios, geralmente dominado por homens. Saiba quem são e como se têm destacado.
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Primeira mulher Presidente em África
Ellen Johnson Sirleaf foi a primeira mulher eleita democraticamente num país africano. De 2006 a 2018, governou a Libéria, lutando contra o desemprego, a dívida pública e a epidemia do ébola. Em 2011, ganhou o Prémio Nobel da Paz por lutar pela segurança e direitos das mulheres. Atualmente, lidera o Painel de Alto Nível da ONU sobre Migração em África.
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Um grande passo para as mulheres etíopes
Sahle-Work Zewde foi eleita, em outubro, Presidente da Etiópia. O poder no país é exercido pelo primeiro-ministro e o Conselho de Ministros. Entretanto, a eleição de uma mulher para a cadeira presidencial é considerada um grande avanço na sociedade etíope, onde os homens dominam os negócios e a política. Mas isto está a mudar. Hoje em dia, metade do Governo é formado por mulheres.
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Mulher mais rica de África
Isabel dos Santos tem uma reputação controversa em Angola. É filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, que a colocou na administração da Sonangol em 2016. Mas o novo Presidente, João Lourenço, luta contra o nepotismo e despediu Isabel dos Santos. Mesmo assim, dos Santos ainda detém muitas participações empresariais e continua a ser a mulher mais rica de África, segundo a revista Forbes.
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Magnata do petróleo e benfeitora da Nigéria
1,6 mil milhões de dólares norte-americanos é a fortuna da nigeriana Folorunsho Alakija. A produção de petróleo faz com que a dona da empresa Famfa Oil seja a terceira pessoa mais rica da Nigéria. Com a sua fundação, a mulher de 67 anos apoia viúvas e órfãos. Também é a segunda mulher mais rica de África, apenas ultrapassada pela fortuna de Isabel dos Santos de 2,7 mil milhões (segundo a Forbes).
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Oficial da dívida da Namíbia
Na Namíbia, uma mulher lidera o Governo: desde março de 2015, Saara Kuugongelwa-Amadhila é primeira-ministra – e a primeira mulher neste escritório na Namíbia. Anteriormente, foi ministra das Finanças do país e perseguiu uma meta ambiciosa: reduzir a dívida nacional. A economista é membro da Assembleia Nacional da Namíbia desde 1995.
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Discrição e influência
Jaynet Kabila é conhecida pela sua discrição e cuidado. Irmã gémea do ex-Presidente congolês Joseph Kabila, é membro do Parlamento da República Democrática do Congo e também é dona de um grupo de meios de comunicação. Em 2015, a revista francesa Jeune Afrique apontou-a como a pessoa mais influente do Governo na RDC.
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Triunfo diplomático
A ex-secretária de Estado do Ruanda, Louise Mushikiwabo, será secretária-geral da Organização Internacional da Francofonia em 2019. Isto, mesmo depois de o país ter assumido o inglês como língua oficial há mais de 10 anos. A escolha de Mushikiwabo para o cargo é vista como um triunfo diplomático. O Presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos apoiantes da sua candidatura.
Outra mulher influente: a nigeriana Amina Mohammed, vice-secretária-geral das Nações Unidas desde 2017. Entre 2002 e 2005, já tinha trabalhado na ONU no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Mais tarde, foi assessora especial do então secretário-geral, Ban Ki-moon, e, por um ano, foi ministra do Meio Ambiente na Nigéria.
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A ministra dos recordes no Mali
Recente no campo da política externa, Kamissa Camara é a mais jovem na política e primeira ministra do Exterior da história do Mali. Aos 35 anos, foi nomeada para o cargo pelo Presidente Ibrahim Boubacar Keïta e é agora uma das 11 mulheres no Governo. No total, o gabinete maliano tem 32 ministros.