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DesportoCabo Verde

Cabo Verde quer conquistar a primeira medalha olímpica

Ariana Miranda (Praia)
26 de julho de 2024

Sete atletas representam Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Paris. É a maior delegação das ilhas a competir nas Olimpíadas que decorrem em França.

Símbolo dos Jogos Olímpicos, em Paris
Foto: Alain Apaydin/abaca/picture alliance

Samuel Freire na meia-maratona, Jayla Pina e José Tati em natação, Nancy Moreira e David de Pina no boxe, Victor Alvares d'Oliveira na esgrima e Djamila Correia e Silva no judo são os atletas que estão a competir na XXXIII edição dos Jogos Olímpicos, em Paris. A comitiva ambiciona conquistar a primeira medalha olímpica cabo-verdiana.

A "big team" de Cabo Verde encontra-se em França desde 12 de julho, primeiramente na cidade de Parthenay, onde esteve a estagiar.

Os porta-bandeiras da equipa, o pugilista David de Pina e a judoca Djamila Correia e Silva, afirmam que o grupo está mais do que preparado, depois de vários dias de treinos intensos. À DW, garantem estar unidos e confiantes no desafio que se inicia.

"Estou muito feliz de fazer parte do team Cabo Verde", afirma David de Pina. "Passámos boas experiências na Praia e vamos continuar a trabalhar como uma equipa forte e unida. Esperamos contar com o apoio do nosso povo, porque juntos somos mais fortes", apela.

O boxe, também incutido nos jovens cabo-verdianos, é uma das modalidades nos Jogos Olímpicos de ParisFoto: DW

Djamila Silva está igualmente desejosa de representar o seu país com dignidade: "Estamos a criar um ambiente o mais favorável possível, em termos físicos também, [para] nos mantemos o melhor possível, em termos de capacidade física e resistência", afirma.

Bandeira levantada bem alto

Integram a delegação 26 elementos, dos quais os sete atletas qualificados, que vivem na diáspora, cinco treinadores e seis oficiais de equipa. Além do chefe da missão, Léo Moreau, acompanham o grupo um médico, um fisioterapeuta, um preparador físico e um psicólogo.

Filomena Fortes, presidente do Comité Olímpico Cabo-Verdiano, reconhece que esta "grande participação" nacional se deve ao mérito da diáspora, que tem formado atletas de alto nível. 

"Nós temos aqui atletas que são da diáspora e, mais uma vez, dizemos que Cabo Verde tem uma décima primeira ilha", constata. "Nós temos que contar com a diáspora. Foi um trabalho de quatro anos, e agora estamos a meio do caminho e esperamos que a nossa participação em Paris possa ter sucesso", refere a dirigente.

"Cabo Verde tem sido uma nação vencedora", disse o Presidente José Maria NevesFoto: Décio Barros/DW

"Eu garanto que todos os atletas irão levantar a bandeira de Cabo Verde bem alto", afirma Filomena Fortes, convicta desse sucesso.

Presidente em Paris

Pela primeira vez, um Presidente da República de Cabo Verde participa na abertura dos Jogos Olímpicos. José Maria Neves chegou a Paris na quarta-feira (24.07) para representar o país, mas também apoiar a maior delegação cabo-verdiana de sempre numas Olimpíadas.

O chefe de Estado afirmou que os cabo-verdianos devem se rever no espírito olímpico para ganharem o "jogo da vida".

"Nos Jogos Olímpicos, as pessoas devem ter os mínimos olímpicos, têm de competir, têm de trabalhar muito. E isto é uma referência para os jovens cabo-verdianos", disse José Maria Neves, exortando à unidade entre os cabo-verdianos.

Em segundo lugar, acrescentou: "Temos de trabalhar muito baseado no mérito para podermos ganhar. Cabo Verde tem sido uma nação vencedora. Essencialmente, esse é o espírito olímpico" que os atletas cabo-verdianos "levam a Paris".

Durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Cabo Verde tem, em França, uma casa projetada para celebrar a cultura nacional e divulgar as potencialidades do país naquela que é a maior montra do desporto mundial. 

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