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Cabo Verde soma 326 casos da Covid-19

Lusa | tms
15 de maio de 2020

Este total foi confirmado esta sexta-feira (15.05) depois de mais 11 casos da Covid-19. Como medida de combate à doença, o Parlamento aprovou a manutenção do estado de emergência em Santiago, ilha mais afetada.

Foto: Imago-Images/photothek/T. Trutschel

Em comunicado, o Ministério da Saúde e da Segurança Social divulgou que o Laboratório de Virologia realizou 81 exames, dos quais oito deram positivo na cidade da Praia e um em Santa Cruz, que passa a ser o quarto município em Santiago com casos confirmados. Registaram-se mais dois casos em São Domingos, elevando para quatro os casos neste concelho.

"A maioria dos casos confirmados encontra-se com evolução favorável, continuando um dos doentes em estado crítico", avançaram as autoridades de saúde cabo-verdianas. 

Com estes novos casos, Cabo Verde para a ter um acumulado de 326, dos quais 67 recuperados, dois óbitos e dois doentes transferidos para os seus países, totalizando assim 265 casos ativos. 

A ilha de Santiago, que regista casos todos os dias e que concentra mais de 80% do total da doença no arquipélago, entrou esta sexta-feira no quarto período de estado de emergência, para vigorar até 29 de maio, mas com menos restrições.

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Estado de emergência

O novo estado de emergência foi aprovado na quinta-feira (14.05), no Parlamento, a pedido do Presidente da República. A medida vale apenas na ilha de Santiago devido à propagação da covid-19 na cidade da Praia.

O decreto presidencial que prorroga o estado de emergência na ilha de Santiago das 00:00 de 15 de maio e até às 24:00 de 29 de maio foi aprovado em sessão parlamentar extraordinária com 68 votos a favor, de todos os deputados presentes, do Movimento para a Democracia (MpD), do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e da União Caboverdiana Democrática e Independente (UCID).

No final desta sessão na Assembleia Nacional, pela voz do deputado João Batista Pereira, o PAICV justificou o voto favorável a novo estado de emergência com a "necessidade de conter o ritmo de contágio e propagação do vírus" em Santiago, sendo uma medida "ponderada" e esperando que este estado de emergência termine no final de maio, dois meses depois.

"Temos a convicção que, com isto, estamos a fazer o melhor para Santiago e para Cabo Verde", afirmou o deputado, enquanto exigiu ao Governo, suportado pelo MpD, a apresentação no Parlamento de um relatório sobre a execução dos dois meses de estado de emergência.

Respeitar orientações

O deputado Austelino Tavares Correia, em representação do grupo parlamentar do MpD, justificou novo voto a favor com a situação epidemiológica, sobretudo na cidade da Praia, e porque "nesta guerra" é necessário "respeitar escrupulosamente" as orientações das autoridades sanitárias.

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Também assumiu que este quarto período de estado de emergência, apenas em Santiago, vai ajudar a implementar medidas de mitigação da pandemia na cidade da Praia, permitindo ainda "controlar a situação" nos restantes concelhos da ilha, apesar de as repercussões económicas que representa, mitigadas com a possibilidade de retoma de algumas atividades.

A ilha de Santiago está em estado de emergência desde 29 de março. Na altura, o primeiro período daquele estado de emergência, que obrigou ao dever geral de recolhimento da população, à proibição da circulação na via pública e ao encerramento de empresas, vigorou de igual forma nas restantes oito ilhas habitadas e foi renovado para todas uma vez.

Demais ilhas

As seis ilhas que nunca tiveram casos diagnosticados da Covid-19 deixaram o estado de emergência no final do dia 26 de abril e a ilha de São Vicente (três casos da Covid-19, todas na mesma família e recuperados) ao final do dia 2 de maio.

Desde 3 de maio que apenas as ilhas da Boa Vista e de Santiago permaneciam em estado de emergência, que agora é prorrogado apenas para a ilha da capital cabo-verdiana e que concentra perto de metade da população do arquipélago.

Algumas empresas públicas e privadas na ilha cabo-verdiana de Santiago retomam sexta-feira (22.05) parcialmente a atividade, apesar da prorrogação do estado de emergência por mais 15 dias que entra em vigor, sendo ainda levantadas restrições à circulação de pessoas.

"Pretende-se com o prolongamento do estado de emergência em Santiago a retoma da atividade económica e da administração pública, mas num quadro que permita conciliar o regresso ao trabalho com a menor circulação possível de pessoas", anunciou esta tarde, no Parlamento, antes desta votação, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

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