Mais países e uma nova data para a fase final: as opções da CAF para a Taça de África das Nações projetam uma competição mais forte e virada para o mundo.
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É a primeira edição da Taça de África das Nações com 24 países na fase final, numa decisão da Confederação Africana de Futebol (CAF) que visa aumentar a possibilidade de qualificação de países habitualmente fora do grande "rendez-vous” continental, ao mesmo tempo que, com o aumento do número de jogos e de dias de competição, motiva adeptos e chama novos patrocinadores.
Novas datas, maiores desafios
Mas a prova que se realizará no Egito, de 21 de junho a 19 de julho, é igualmente a primeira fase final no verão do hemisfério norte. Trata-se de uma "reivindicação" antiga dos principais clubes europeus que, anteriormente, se viam privados de alguns dos seus melhores jogadores africanos em pleno "pico" da época desportiva (janeiro e fevereiro). Agora, com a fase final da CAN a adequar-se a outras grandes competições internacionais (como o Mundial, o Europeu ou a Copa América), os futebolistas dos países finalistas podem concluir a temporada nos respetivos clubes e só depois rumar à preparação das seleções nacionais.
A uma jornada do final da fase de qualificação, e beneficiando do facto de os dois primeiros classificados de cada um dos doze grupos garantirem o apuramento, há já contas feitas e algumas seleções a preparar a viagem ao país dos faraós, dentro de quatro meses. Senegal, Madagáscar (o que sucede pela primeira vez na história), Marrocos, Mali, Argélia, Nigéria, Guiné, Mauritânia, Tunísia, Egito e Uganda podem fazer as malas e definir estratégias. Mas há ainda decisões a tomar, adiadas para a última ronda de qualificação, dentro de um mês.
PALOP com possibilidades de apuramento
Guiné-Bissau ("Djurtus") e Moçambique ("Mambas") jogam uma autêntica final no estádio 24 de setembro, em Bissau. Um dos países de língua portuguesa estará seguramente na fase final. Mas apenas um, e se o empate serve os interesses dos "djurtus", os "mambas" sabem que terão de ganhar fora de portas para carimbar o passaporte. Baciro Candé e Abel Xavier são selecionadores apostados em levar as respetivas equipas ao Egito, e o facto de terem chegado ao último jogo com possibilidades de qualificação sublinha as boas carreiras das duas seleções.
Já Angola ("Palancas Negras") depende de si própria para ficar apurada: basta à seleção orientada por Srdjan Vasiljevic vencer em Gaborone a sua congénere do Botswana, última classificada do grupo I. O Burkina Faso é o outro candidato ao segundo posto, mas a formação orientada pelo português Paulo Duarte não depende apenas de si na receção à Mauritânia: terá de vencer e esperar que o combinado angolano não o faça no Botswana.
Emoção até ao fim também não faltará a Cabo Verde ("Tubarões Azuis"), que parte com um ponto a menos do que a Tanzânia para a sexta jornada. A seleção de Rui Águas recebe, na Praia, o Lesoto, enquanto os tanzanianos jogam com o já qualificado Uganda. A equipa cabo-verdiana tem de vencer o seu jogo, aguardando que a Tanzânia não o faça, ou, no limite, empatar frente ao Lesoto, se o Uganda vencer em Dar es Salam. Contas complicadas (mas não impossíveis) para a seleção do arquipélago da Macaronésia.
Cinco cidades, oito estádios, 52 jogos
A fase final da CAN 2019 realiza-se no Egito, depois de a organização ter sido retirada aos Camarões, por incumprimento dos prazos de modernização de alguns dos estádios indicados.
A federação egípcia surge, assim, como recurso e indicou cinco cidades como sedes da competição: Alexandria, Cairo e Suez, com dois estádios cada, e Port Said e Ismailia, cada qual com o seu recinto. No total, jogar-se-ão 52 partidas ao longo de 29 dias, com o jogo inaugural e a final a terem lugar no estádio Internacional do Cairo, com capacidade para 74.100 espetadores. O vídeo-árbitro (VAR) será utilizado a partir dos oitavos de final (portanto, nos últimos 16 jogos do torneio).
Futebol: O que vai acontecer em 2019?
Ano de estreia da Liga das Nações e 32ª edição da Copa de África das Nações (CAN). Inglaterra e Alemanha prometem ter luta pelo título até ao fim. A 1 de junho, quem erguerá o troféu mais cobiçado, a Liga dos Campeões?
Foto: picture-alliance /dpa/PA Wire/N. French
CAN 2019
É ano da Taça das Nações Africanas. A 32ª edição da prova organizada pela Confederação Africana de Futebol (CAF) vai jogar-se no Egito, entre os dias 7 e 30 de junho, depois dos Camarões terem perdido a organização do evento, devido à falta de infraestuturas. Ora jogando em casa, o Egito parece ser um sério candidato à vitória, liderado pelo Melhor Jogador Africano de 2018, Mohamed Salah.
Foto: picture alliance/dpa/N. Bothma
"Premier League"
Parece ser o duelo mais imprevisível da Europa. Manchester City, atual campeão inglês, persegue o Liverpool, atual líder do campeonato. Com o Arsenal numa inconstante exibição, Manchester United a recuperar pontos pós-Mourinho e o Tottenham a falhar nos momentos mais importantes, "citizens" e "reds" prometem uma luta épica. Liverpool não é campeão desde 1990.
Foto: picture-alliance/empics/M. Egerton
Bundesliga
O Borussia Dortmund está no bom caminho para destronar o Bayern de Munique, hexacampeão alemão. Marco Reus (foto) tem sido a grande figura da equipa de Signal Iduna Park, os novos campeões de inverno. A segunda volta promete ser uma das mais concorridas dos últimos anos, na Bundesliga. O Dortmund, que não é campeão desde 2012, parte na frente.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Vennenbernd
Liga Italiana (Serie A)
Ronaldo foi o negócio do ano e a Juventus tornou-se ainda mais forte. Heptacampeã italiana, a equipa de Turim, mais do que o octacampeonato, a Juventus vai atacar a Liga dos Campeões, prova que perdeu nas finais de 2014/2015 e 2016/17, e que foge desde 1996. Na Serie A, a Juventus leva nove pontos de avanço do 2º (Napoli).
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Cottini
Liga Espanhola
É o melhor marcador de sempre da Liga Espanhola. Messi chegou aos 400 golos em 435 jogos pelo Barcelona no campeonato espanhol. O capitão lidera o Barcelona, atual campeão espanhol e principal candidato a renovar o título de campeão em Espanha. Longe dos tempos deslumbrantes do "tiki-taka", o Barcelona vai chegando para as despesas internas.
Foto: picture-alliance/D. Klein
Liga Portuguesa
É um dos rostos do atual campeão nacional, FC Porto. O maliano, Moussa Marega, foi o joker do título de campeão dos portistas, recuperado cinco anos depois. Este ano, os "dragões" lideram o campeonato com cinco pontos para o Benfica, 2º da Liga. O FC Porto está ainda nos oitavos da Liga dos Campeões, meia-final da Taça de Portugal e da Taça da Liga. Promete títulos a equipa de Sérgio Conceição.
Foto: Reuters/M. Vidal
Luka Modrić
Depois de uma década sob o domínio de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, apareceu uma cara "nova". Luka Modrić "limpou" os principais prémios de melhor jogador que havia para conquistar. Melhor Jogador da Europa (UEFA), "FIFA The Best" e a Bola D´Ouro (France Football). Eis o melhor do mundo em 2018. Começou uma nova era?
Foto: Reuter/B. Tessier
Liga das Nações
Ano ímpar, significa ausência, quer do Mundial, quer do Europeu de futebol. Mas, este ano vai-se jogar a primeira edição da Liga das Nações, campeonato bianual de seleções europeias. De setembro a novembro de 2018, 55 paises jogaram por um lugar na final-four da competição. Portugal, país anfitrião da prova, vai jogar com a Suiça e Holanda vai medir forças com a Inglaterra.
Foto: Reuters/M. Sezer
Liga dos Campeões
É a primeira equipa a conquistar o "tri" neste novo formato de "Liga dos Campeões" (1992-). No entanto, as saídas de Zinédine Zidane e Cristiano Ronaldo desfalcaram o Real Madrid. As contas do campeonato estão problemáticas. No entanto, os galáticos são os melhores de sempre no que toca ao "mata-mata" na Liga dos Campeões. 13 vezes campeões europeus, têm que ser considerados favoritos... ou não?
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
José Mourinho
Fim de linha para um dos melhores treinadores que o futebol já conheceu. O "special one" não resistiu aos maus resultados e conflitos com alguns jogadores, acabou despedido do Manchester United, dois anos depois de ter chegado. Demitido do Benfica, Chelsea, Real Madrid e Manchester United, qual o próximo passo de "Mou" em 2019? Nova aventura ou reflexão?