Seleção guineense lutou, mas não conseguiu travar o poderio dos camaroneses, na quarta-feira. Selecionador da Guiné-Bissau diz que "não está nada perdido". Agora será preciso vencer o próximo jogo.
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A Guiné-Bissau foi, esta quarta-feira (18.01), derrotada pelos Camarões, por 1-2, em partida da segunda jornada do Grupo A do Campeonato Africano das Nações (CAN), a decorrer no Gabão.
O avançado guineense Piqueti Djassi, que joga no SC Braga de Portugal, abriu o marcador aos 13 minutos. O golo fez levantar o estádio. Mas, na segunda parte, veio a reviravolta camaronesa: Siani marcou aos 61 minutos e Ngadeu-Ngadjui aos 79.
Para o seleccionador nacional, Baciro Candé, a Guiné-Bissau merecia ganhar o jogo: "Se houvesse um justo vencedor, seria a Guiné-Bissau", afirmou o técnico guineense. "Marcámos o primeiro golo e, aos 15 minutos, falhámos outro, que seria o segundo. Na segunda parte, podíamos ter marcado o terceiro, mas falhámos."
Camarões vencem Guiné-Bissau no CAN
Quebra física
Edgar Carlos Pires, comentador desportivo, diz que a quebra física dos jogadores guineenses conduziu à derrota.
A seleção da Guiné-Bissau "acabou por fazer um bom jogo enquanto pôde, enquanto fisicamente aguentou. Depois os Camarões forçaram a nota, conseguiram marcar dois golos, com remates de longe", diz Pires.
Os 'djurtus' jogam, pela primeira vez, na fase final do CAN e ainda têm "de aprender muita coisa", acrescenta.
Agora, lembra o comentador, para seguir em frente, será crucial vencer o próximo jogo, no domingo (22.01), frente ao Burkina Faso, que empatou na quarta-feira 1-1 frente ao anfitrião Gabão.
'Djurtus' confiam
No fecho da segunda jornada, os Camarões passaram a liderar o Grupo A, com quatro pontos, seguidos do Burkina Faso e do Gabão, ambos com dois pontos. A Guiné-Bissau só tem um ponto e terá de vencer na última jornada para poder acalentar a esperança de seguir em frente na competição.
O selecionador guineense acredita que é possível passar à fase seguinte: "Ainda falta um jogo. Ganhando esse jogo, fazemos quatro pontos. Portanto, tudo é possível. Ainda está tudo em aberto. Não está nada perdido", disse Baciro Candé.
Campeonato Africano das Nações: os favoritos
A maioria dos especialistas aposta em mais um sucesso da Costa do Marfim no Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2017 no Gabão. Mas outras equipas têm boas chances de conquistar o cobiçado título.
Foto: Getty Images/AFP/K. Sahib
Os "elefantes" fortes
A atual seleção é a favorita no CAN. Embora não se trate da geração de "ouro" dos marfinenses de Didier Drogba e Yaya Toure, o treinador Michel Dussuyer tem opções: quase todos os "elefantes", como são conhecidos os jogadores da Costa do Marfim, estão em algumas das principais ligas da Europa. O atacante Wilfried Bony (à direita), a jogar na primeira Liga Inglesa, é um exemplo.
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O sonho com o primeiro triunfo
A equipa do Senegal ocupa a posição 33ª do Ranking Mundial da FIFA, sendo a melhor em África. Sadio Mané (à esquerda), na primeira Liga Inglesa com o Liverpool FC, e os seus colegas senegaleses, querem levar a seleção do seu país à primeira vitória. Até agora, o segundo lugar no torneio de 2002 é o melhor resultado conquistado.
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Panteras do Gabão
O time das “panteras”, o Gabão, nunca chegou às quartas de final de um Campeonato Africano das Nações. As esperanças dos gaboneses estão concentradas em Pierre-Emerick Aubameyang (do Borussia Dortmund) (à esquerda), com mais 16 jogadores de maior sucesso da temporada.
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Com Mahrez rumo ao segundo título?
As lembranças da Copa do Mundo de 2014 ainda estão vivas. No Brasil, os argelinos teriam tirado do torneio, já nas oitavas de final, a futura campeã Alemanha. As “raposas do deserto” destacam-se na ofensiva, juntamente com o recém-eleito "jogador do ano", Riyad Mahrez (à esquerda). A Argélia ganhou o seu primeiro título em 1990.
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"Estrelas negras" querem mais do que o 2º lugar
As "Estrelas negras", do atacante André Ayew (à direita), pertencem tradicionalmente ao grupo dos favoritos. Gana já ganhou o torneio quatro vezes. Mas o último triunfo aconteceu há mais de 35 anos. Em 2015, os ganeses foram derrotados pela Costa do Marfim, na final, por penalidades.
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O retorno dos faraós
O recordista em títulos está de volta. Depois de não se qualificar para os últimos três torneios, a equipa do Egito, sete vezes vencedora do Campeonato Africano das Nações, terá um novo início no Gabão. À Mohamed Salah (2º, direita para esquerda), e aos demais "faraós", é confiado o triunfo, como em 2010.
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A receita de um treinador de sucesso?
Em 2015, o Campeonato Africano das Nações deveria ter acontecido no Marrocos, mas o país renunciou devido à uma epidemia de Ébola. O torneio foi transferido para a Guiné Equatorial. Os marroquinos não foram autorizados a jogar. Em 2017, o time de Aziz Bouhaddouz (esquerda) quer mostrar o que pode. O treinador Hervé Renard já sabe como: levou a Zâmbia, 2012, e a Costa do Marfim, 2015, ao título.