O Gana elegeu sem sobressaltos o candidato da oposição John Mahama como novo Presidente, tendo o seu opositor já reconhecido a sua derrota neste país sul-africano com 34 milhões de habitantes.

O vice-presidente de Gana, Mahamudu Bawumia, candidato do Novo Partido Patriótico (NPP), reconheceu nesta manhã sua derrota nas eleições que ocorreram sábado e informou que já parabenizou o vencedor.

“O povo de Gana falou, votou a favor da mudança e nós respeitamos isso com toda a humildade”, disse Bawumia, em uma coletiva de imprensa em Accra, cujas ruas estavam começando a se encher de apoiadores de Mahama para alegres celebrações.

Na sua conta na rede social X (antigo Twitter), Mahama, que já foi Presidente do Gana de 2013 a 2017, confirmou ter recebido uma chamada de felicitações do seu oponente.

Apesar de a comissão eleitoral ainda não ter anunciado nenhum resultado oficial, os dados coletados pelo partido do vencedor apontam para uma vitória confortável.

O novo Presidente, do Congresso Democrático Nacional (NDC) irá suceder a Nana Akufo-Addo, que termina agora o seu segundo mandato.

Na votação presidencial de sábado, os eleitores, que também elegeram os seus deputados, escolheram entre dois candidatos num contexto de uma inflação e uma dívida elevadas.

O país teve de recorrer a um empréstimo de três mil milhões de dólares (cerca de 2,84 mil milhões de euros) do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Principal produtor de ouro do continente e grande exportador de cacau, este estado da África Ocidental é considerado um investidor privilegiado no continente e um modelo de estabilidade numa região abalada por recentes golpes de estado, desafios constitucionais e insurreições.

Anteriormente, o vice-comissário da Comissão Eleitoral, Bossman Asare, tinha notado a contagem em curso e que os resultados regionais ainda não tinham chegado ao centro nacional.

A comissão disse que os resultados oficiais provavelmente estariam disponíveis apenas na terça-feira. Os dois principais partidos do Gana, o NPP e o NDC, têm se alternado no poder desde o retorno à política multipartidária em 1992.