CASA-CE acusa comissão eleitoral de não credenciar delegados
20 de agosto de 2022![Angola Bengo | Verwaltugnsgebäude Provinz Bengo](https://static.dw.com/image/62877870_800.webp)
O município dos Dembos, na província do Bengo, poderá não ter nenhum delegado nas assembleias de voto por falta de credenciais. Segundo Benvinda Joaquim, responsável da única coligação a concorrer nas eleições gerais do dia 24 na província do Bengo, o processo está a decorrer de forma anormal.
"Fez-se o registro e recebeu-se o recibo - 90 têm o recibo. Mas temos falha nos delegados de lista no município sede, Dande. No [município] de Pango Aluquem também temos falha".
A responsável da única coligação a concorrer nas eleições gerais do dia 24 na província do Bengo assegura que vai continuar a trabalhar para resolver o caso.
"Há alguma esperança"
"Há alguma esperança. Caso não isso não se resolva, os nossos delegados vão trabalhar com recibo da inscrição, porque não podemos nos prejudicar", disse.
A DW África contatou o presidente da Comissão Provincial Eleitoral do Bengo, José Jamba, e o seu porta-voz, Manuel Buanga, mas estes manifestaram indisponibilidade para falar sobre o assunto.
Uma fonte ligada a comissão eleitoral afirmou que uma falha técnica por parte do operador do aparelho utilizado para credenciamento indicado pela coligação esteve na origem do problema.
Questionado se há possibilidade de resolver o problema, o informante disse ser "pouco provável".
UNITA
Já a UNITA, por meio do seu secretário provincial, Moniz Alfredo, avança que o partido não teve problemas para credenciar os seus delegados de listas.
"Não tivemos nenhuma situação [anormal]. Foram todos credenciados E não há razão de queixa. Foram 1050 delegados credenciados e está garantida a fiscalização".
Por sua vez, o jornalista e analista Manuel Godinho manifesta preocupação com a situação. "É preocupante porque ficamos aconselhar as pessoas a não ficar na campanha votou e sentou", disse.
"Os animadores da campanha 'votou e sentou' não confiam nos órgãos de gestão do processo eleitoral, nomeadamente, na CNE. Se cumpríssemos com o que a lei eleitoral emana - que cada partido político tem que ter o seu delegado de lista na mesa de voto - eu acho que ficariam esbatidas algumas desconfianças", disse.