1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Caso Vahanle: Investigação prosseguirá depois de auditoria

Sitoi Lutxeque (Nampula)
17 de julho de 2020

Investigação de alegado caso de corrupção que envolveria o edil de Nampula, Paulo Vahanle, é paralisada até à conclusão de uma auditoria da Inspeção Geral de Finanças. Autarca diz que quer colaborar com investigações.

Mosambik Korruptionskandal - Paulo Vahanle
Foto: DW/S. Lutxeque

O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Nampula (GPCC) paralisou a investigação sobre irregularidades que envolveriam o edil de Nampula, Paulo Vahale, e outros três funcionários do município.

Segundo o procurador do GPCC, José Wilson, as investigações só serão retomadas depois dos resultados da auditoria às contas do município, levada a cabo pela Inspecção Geral das Finanças (IGF).

O GPCC abriu um processo para investigar o edil Paulo Vahanle após uma denúncia de corrupção recebida no dia 11 de junho.

Wilson: "Acreditamos que será em breve"Foto: DW/S. Lutxeque

Segundo Wilson, o processo está parado a aguardar a conclusão da auditoria "solicitada no âmbito de um outro processo que despoletou [desvios de fundos] a partir do Balcão de Atendimento Único Municipal”.
 
Wilson desconhece as datas da retoma de investigação ao edil, mas acredita que será ainda este ano. "A entidade que está a realizar a auditoria é que tem os prazos. É uma entidade independente. Estamos a falar da Inspecção Geral das Finanças, então nós aguardamos que eles nos forneçam o relatório da auditoria, mas acreditamos que vai ser dentro em breve”, referiu.

Desconhece investigação
 
Em declarações à DW, o edil de Nampula, Paulo Vahanle, diz que desconhece a investigação relacionada a alegados esquemas de corrupção e que não se recorda de ter recebido uma notificação para responder a este processo.

Caso Vahanle: Investigação prosseguirá depois de auditoria

This browser does not support the audio element.

Vahanle reitera que sabe apenas que há um processo que investiga funcionários do Balcão de Atendimento Único Municipal (BAÚ).

"O que acontece é que, a nível do BAÚ, detetamos algumas irregularidades sobre falsas faturas - por exemplo, de 60 mil meticais para 60 meticais, e a partir daí tivemos essas suspeitas e começamos a trabalhar com o GPCC”, explica.

O edil salienta que mostrou ao procurador o seu interesse em esclarecer quaisquer questões que surjam sobre o caso. "Mostramos interesse em colaborar na investigação e pedimos que a situação fosse esclarecida.”
 
Vahanle diz que nada teme. "Neste momento, em coordenação com GPCC, recebemos uma brigada que vem trabalhar para esclarecer o que está a acontecer no BAÚ. A delegação diz que vai trabalhar simplesmente na matéria do BAÚ e não noutras áreas”, concluiu.

Saltar a secção Mais sobre este tema