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CEDEAO levanta sanções financeiras e comerciais ao Mali

Lusa
4 de julho de 2022

Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu levantar sanções comerciais e financeiras que afetavam o Mali desde janeiro, após ter sido validada uma nova proposta de transição da junta militar.

Cimeira da CEDEAO em Acra, capital do Gana
Cimeira da CEDEAO em Acra, capital do GanaFoto: FRANCIS KOKOROKO/REUTERS

Os líderes da África Ocidental aprovaram este domingo (03.07), na cimeira que decorreu em Acra, capital do Gana, a proposta da junta militarque governa o Mali para um período de transição do poder até março de 2024. 

"Está feito. Decidimos levantar as sanções económicas e financeiras contra o Mali", afirmou um participante naquela cimeira, que falou, sob anonimato, à agência francesa France-Presse (AFP).

A informação foi confirmada posteriormente pela AFP junto de fonte oficial da CEDEAO que também participou na cimeira.

Transição de dois anos no Burkina

No mesmo evento, os líderes que integram aquele organismo chegaram a acordo com a junta militar que governa o Burkina Faso para um período de transição do poder de dois anos, que termina em julho de 2024, afirmaram também em declarações à AFP dois participantes na cimeira. 

18 meses de golpes e tentativas de golpe na África Ocidental

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"No caso do Burkina Faso, tínhamos pedido que a junta revesse a sua proposta. Pedia [um período de transição] de 36 meses. Hoje, todos concordaram que será de 24 meses a contar a partir de 1 de julho", assegurou um participante, sob a condição do anonimato, com a informação a ser confirmada pela AFP junto de fonte oficial da CEDEAO.

Mali e Burkina Faso, assim como a Guiné-Conacri, foram alvo de medidas de retaliação comercial e financeira devido aos golpes de Estado que aconteceram nos três países.  

O Mali, um país pobre e sem litoral que enfrenta um conflito há mais de uma década, estava sujeito a um embargo às transações comerciais e financeiras, excluindo as necessidades básicas.

Onda de golpes de Estado

O Burkina Faso, outro país do Sahel afetado pela violência 'jihadista', e a Guiné-Conacri estavam apenas, por enquanto, suspensos dos órgãos da CEDEAO.

A África Ocidental assistiu a uma sucessão de golpes de Estado em menos de dois anos: o golpe de 18 de agosto de 2020 em Bamako, um segundo em 24 de maio de 2021, o golpe de 05 de setembro de 2021 em Conacri, e o golpe de 24 de janeiro em Ouagadougou.

Alarmada pelo risco de contágio numa região vulnerável, a CEDEAO tem multiplicado as suas cimeiras, mediações e pressões para acelerar o regresso dos civis ao poder.

 

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