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CEDEAO pede à Gâmbia para proteger Presidente eleito

AFP | Reuters | Lusa | ms
17 de dezembro de 2016

Reunidos em Abuja, os líderes da África Ocidental prometeram tomar todas as medidas necessárias para que o resultado eleitoral seja respeitado na Gâmbia. Yahya Jammeh foi derrotado por Adama Barrow nas presidenciais.

Ernest Bai Koroma, Alain de Souza, Ellen Johnson Sirleaf, Muhammadu Buhari e Alpha Conde na Cimeira de AbujaFoto: Getty Images/AFP/P.-U. Ekpei

A Gâmbia deve garantir a segurança do Presidente eleito, Adama Barrow. A recomendação surgiu no final da cimeira de líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que teve lugar este sábado (17.12), na cidade nigeriana de Abuja.

Adama Barrow, Presidente eleito da GâmbiaFoto: Getty Images/AFP/M. Longari

Os dirigentes da CEDEAO disseram ainda que iriam estar presentes na cerimónia de tomada de posse do novo Presidente, prevista para 18 de janeiro de 2017. Pediram também uma rápida resolução do impasse político na Gâmbia.

Segundo resultados oficiais, Adama Barrow, da oposição, venceu as eleições presidenciais com 43.29% dos votos, enquanto Yahya Jammeh obteve 39.64% - uma diferença de 19 mil votos. 

O Presidente cessante, Yayha Jammeh, rejeita o resultado das presidenciais de 1 de dezembro. Jammeh chegou a declarar que aceitava o veredito das urnas, mas depois voltou atrás, alegando irregularidades na votação. Agora nega-se a aceitar os resultados e também pediu novas eleições no país.

Pressão internacional

Esta semana, uma comitiva de vários chefes de Estado da África Ocidental deslocou-se à Gâmbia para tentar convencer Jammeh a reconhecer definitivamente a sua derrota eleitoral e a ceder o poder, para evitar que o país entre numa onda de violência pós-eleitoral.

Também o  Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) apelou ao Presidente derrotado para respeitar a vontade do povo e não tentar anular os resultados das presidenciais.

Yahya Jammeh governa a Gâmbia com mão de ferro desde que chegou ao poder, há 22 anos, através de um golpe de Estado em 1994. O seu regime é acusado de prender, torturar e matar os seus opositores, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.

Yahya Jammeh não quer deixar a cadeira do poderFoto: Reuters/C. Garcia Ralins

 

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