Guiné-Conacri: "Alpha Condé está em boa saúde", diz CEDEAO
11 de setembro de 2021"Vimos o Presidente [Alpha Condé] e ele está bem", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Burika Faso, Alpha Barry, aos repórteres. Suas palavras foram confirmadas pelo presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean-Claude Kassi Brou.
A missão da CEDEAO chegou à capital guineense, Conacri, nesta sexta-feira (10.09), composta pelo presidente da comissão e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso, Nigéria, Togo e Gana, que detém atualmente a presidência rotativa da comunidade.
Antes da sua reunião com o Presidente, a delegação reuniu-se durante quase duas horas com um representante da junta militar.
"Tivemos discussões muito positivas" com os militares, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros do Gana, Shirley Ayorkor Botchwey.
Guiné-Conacri suspensa da CEDEAO
A liderança da CEDEAO decidiu na quarta-feira (08.11) suspender a Guiné-Conacri dos seus órgãos e exigiu também a libertação de Condé.
O secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros guineense, que atualmente lidera a diplomacia após a demissão dos outros altos funcionários, falou ontem de um "princípio" de acordo sobre a libertação do Presidente deposto.
"É difícil responder imediatamente à exigência" da comunidade internacional, mas "chegamos a um princípio" de acordo, disse.
Liderados pela comandante Mamady Doumbouya, os líderes golpistas capturaram Condé no domingo (05.09), dissolveram as instituições e anunciaram a libertação dos "presos políticos".
O golpe foi saudado por aplausos nas ruas e demonstrações de apoio em Conacri. Mas não foi bem recebido pela comunidade internacional, que aumentou a sua pressão sobre a Guiné.
A União Africana (UA) anunciou nesta sexta-feira (10.09) a suspensão da Guiné-Conacri de todas as suas "atividades e órgãos de decisão".
Até agora, nenhuma morte foi oficialmente noticiada após o golpe, embora os meios de comunicação guineenses tenham noticiado entre dez a vinte mortes entre os membros da guarda presidencial, sendo as informações difíceis de verificar.