China e Angola prometem reforçar cooperação
12 de janeiro de 2023O Presidente da China, Xi Jinping, e o Presidente de Angola, João Lourenço, assinalaram, esta quinta-feira (12.01), o 40.º aniversário das relações diplomáticas, salientando as vantagens para o desenvolvimento económico e a partilha de valores e interesses.
"Xi Jinping apontou na sua mensagem que desde o estabelecimento dos laços diplomáticos há 40 anos, China e Angola foram sempre sinceras e amigáveis, trabalharam juntas e perceberam e apoiaram-se mutuamente nas questões envolvendo os seus interesses estratégicos e as principais preocupações", lê-se num comunicado do Governo chinês.
As relações entre os dois países "estão num bom momento de desenvolvimento, e a cooperação bilateral em vários campos tem dado resultados frutuosos, trazendo benefícios tangíveis aos povos dos dois países", acrescentou o líder chinês no comunicado.
O Presidente do gigante asiático "está pronto para trabalhar com João Lourenço e aproveitar as comemorações do 40.º aniversário para criar uma oportunidade de aprofundar a confiança política mútua, fortalecer a cooperação mutuamente benéfica, melhorar a amizade entre os povos e escrever um novo capítulo no desenvolvimento da robusta parceria estratégica entre os dois países".
No comunicado, o Presidente de Angola é citado, lembrando que o estabelecimento de laços bilaterais contribuiu para o desenvolvimento e que a cooperação mutuamente benéfica em vários setores garantiu grandes feitos, com resultados satisfatórios.
Angola, concluiu, quer fortalecer as relações amigáveis e cooperativas com a China, construir um futuro em que ambos ganhem, e atingir progresso comum, prosperidade e desenvolvimento para assegurar mais benefícios para os cidadãos dos dois países.
Visita a Luanda
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês chega, esta quinta-feira, a Luanda para uma curta visita integrada no seu roteiro africanoe que coincide com a data do início das relações diplomáticas entre China e Angola, há 40 anos.
Neste primeiro dia em Luanda, Qin Gang vai visitar a embaixada e o complexo diplomático da China em Luanda. Na sexta-feira (13.01) irá ao parque tecnológico da Huawei, uma gigantesca estrutura composta por centros de formação e inovação, que custou 60 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros) e foi inaugurada no ano passado.
Vai ainda reunir-se com o Presidente angolano, João Lourenço, e com o seu homólogo angolano das Relações Exteriores, Téte António, com que vai avaliar as relações bilaterais, segundo o programa previsto.
Qin Gang iniciou o seu périplo em África pela Etiópia, sendo esta também a sua primeira visita internacional.
Além de Etiópia e Angola, Qin, nomeado como ministro dos Negócios Estrangeiros em 31 de dezembro, vai viajar até ao Gabão e Benim.
O objetivo desta viagem, que durará até 16 de janeiro, é aprofundar a parceria estratégica e a cooperação entre a China e África.
Qin cumpre assim uma tradição de 33 anos, segundo a qual o chefe da diplomacia chinesa faz a sua primeira viagem do ano ao estrangeiro a África.
A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente e é também de Angola.
Angola é o país africano que recebeu mais empréstimos da China nos últimos 20 anos - foram mais de 42 mil milhões de dólares.