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DesastresMoçambique

Ciclone Chido fez perto de cem mortos em Moçambique

DW (Deutsche Welle) | Lusa | EFE
23 de dezembro de 2024

Pelo menos 94 pessoas morreram e outras 768 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido pelo norte e centro de Moçambique. O ciclone também causou estragos no Malawi e destruição nas ilhas francesas de Mayotte.

Vestígios da destruição deixada pelo ciclone Chido na região de Mecufi, Moçambique
O Presidente moçambicano declarou dois dias de luto nacional, após visitar o distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, o mais atingido pelo cicloneFoto: UNICEF MOZAMBIQUE/via REUTERS

A passagem do ciclone Chido há uma semana deixou pelo menos 94 mortos e 768 feridos, além de afetar mais de 620 mil pessoas, o correspondente a 123.704 famílias, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte, e Tete e Sofala, no centro, segundo o novo balanço do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique, divulgado domingo (22.12).

"O impacto foi extremamente devastador", disse à EFE Bonifácio António, assessor do INGD. Do total de óbitos confirmados, 84 registaram-se em Cabo Delgado, sete em Nampula e três em Niassa.

De acordo com as autoridades, o ciclone Chido destruiu totalmente 111.145 casas e parcialmente outras 29.483 - totalizando quase o dobro face ao dia anterior -, afetou 52 unidades hospitalares, 35 casas de culto, 11 torres de telecomunicação e 89 edifícios públicos.

Os dados apontam ainda para um total de 109.793 alunos, 1.556 professores, 1.126 salas de aula e 250 escolas afetadas, além de 338 postes de energia tombados e 454 embarcações de pesca danificadas. "O impacto foi extremamente devastador", disse à EFE Bonifácio António, assessor do INGD.

O ciclone Chido também deixou pelo menos 35 mortos e cerca de 2.500 feridos no arquipélago francês de MayotteFoto: Adrienne Surprenant/AP/dpa/picture alliance

Luto nacional

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, declarou dois dias de luto nacional na sexta-feira (20.12), após visitar o distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, o mais atingido pelo ciclone, com registo de mais de meia centena de mortos e a destruição quase total de casas e infraestruturas.

 "Vamos imediatamente priorizar o apoio na reposição de abrigos, habitações, alimentação, energia, água e distribuição de sementes para além dos outros apoios que estão a acontecer", declarou Nyusi, na sua comunicação ao país, alusiva à quadra festiva.

O ciclone seguiu em direção ao vizinho Malawi na segunda-feira, onde pelo menos 13 pessoas morreram e também deixou pelo menos 35 mortos e cerca de 2.500 feridos, 67 deles em estado grave, no arquipélago francês de Mayotte, embora as autoridades francesas tenham advertido que o número de vítimas pode ser maior.

A França assinala hoje um dia de luto nacional em solidariedade com Mayotte. O Presidente francês anunciou que as bandeiras estariam a meia haste e que seria observado um minuto de silêncio ao meio-dia, especialmente nos serviços públicos. Emmanuel Macron visitou o arquipélago no Oceano Índico na semana passada, apelou também aos cidadãos em todo o território francês para observarem o minuto de silêncio.

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