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Desastres

Idai: Governo moçambicano decreta estado de emergência

Lusa
19 de março de 2019

Mais de 200 pessoas morreram vítimas do ciclone Idai, segundo novo balanço do Presidente moçambicano. Governo decretou estado de emergência e três dias de luto nacional.

Mosambik Unwetter Zyklon Idai
Foto: Getty Images/AFP/A. Barbier

A passagem do ciclone Idai no centro de Moçambique e as cheias que se seguiram já provocaram, desde quinta-feira mais de 200 mortos, anunciou esta terça-feira (19.03), na cidade da Beira, o Presidente moçambicano Filipe Nyusi.

O chefe de Estado falava durante uma reunião do Conselho de Ministros, realizada na cidade da Beira, parcialmente destruída pelo ciclone.

Presidente moçambicano, Filipe NyusiFoto: DW/R. da Silva

"Porque a situação está grave, o Governo vai decretar a emergência nacional na República de Moçambique", referiu.

O chefe de Estado atualizou o número de mortes em consequência da passagem do ciclone pelo país de 84 para mais de 200.

"Pela informação que nos foi fornecida aqui, neste contexto de mortes confirmadas (...) estamos nos 200 e tal", acrescentou o chefe de Estado, que na segunda-feira disse recear que o balanço final ultrapasse o milhar de mortos.

Filipe Nyusi anunciou ainda três dias de luto nacional em Moçambique.

"Sabendo de 350 mil cidadãos que estão em situação de risco e da severa destruição devido a esta tragédia, então o Conselho de Ministros decide decretar o luto nacional na República de Moçambique, por um período de três dias, com início às próximas 00:00 [hora local] do dia 20 de março", disse o chefe de Estado.

Destruição provocada pelo ciclone Idai na Beira, centro de MoçambiqueFoto: picture-alliance/AP Photo/D. Onyodi

Centenas de milhares de pessoas afetadas

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbabué já provocou mais de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 82 mortos e 217 desaparecidos, bem como cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afetadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland.

No Malawi, as estimativas do Governo apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos, com mais de 920 mil pessoas afetadas nos 14 distritos atingidos pelo ciclone, incluindo 460 mil crianças.

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