Clima de apreensão em Luanda antes do protesto no sábado
16 de junho de 2023![](https://static.dw.com/image/65198095_800.webp)
Perto de um hipermercado, um guarda deu conta das suas preocupações enquanto tentava reunir alguns "trocos" para apanhar um táxi e regressar mais cedo a casa.
"Quero ir para casa cedo amanhã, antes de começar a guerra", disse a um cliente.
Uma empresa de limpezas ao domicílio explicou que antecipou os seus serviços para sexta-feira (16.06), já que decidiu encerrar no sábado (17.06) devido à realização da marcha convocada pela sociedade civil para protestar contra a subida dos preços do gasolina, o fim da venda ambulante e a proposta de lei de alteração dos estatutos das organizações não-governamentais (ONG).
Para as empresas de segurança privada, esta acaba por ser uma oportunidade de aumentar a faturação, já que muitas recomendam um "reforço" de segurança aos seus clientes, para salvaguarda do património e dos funcionários, afirmou à agência Lusa um responsável de uma construtora.
Embaixadas emitem alertas
Entretanto, as embaixadas dos Estados Unidos, Reino Unido e França publicaram alertas de segurança no seus 'sites' e redes sociais advertindo os seus cidadãos para as manifestações, aconselhando-os a evitarem multidões e deslocações e a manterem-se vigilantes nos próximos dias.
Apesar de a Polícia Nacional ter dito que, na capital angolana, não está a ser preparado qualquer dispositivo especial, são visíveis em vários pontos da cidade veículos da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) a circular e um reforço do patrulhamento.