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Suspenso diretor dos Serviços de Fronteiras da Guiné-Bissau

Lusa
14 de setembro de 2020

O Ministério do Interior da Guiné-Bissau suspendeu de funções o diretor-geral dos Serviços de Migração e Fronteiras, na sequência de um alegado envolvimento de Alassana Djaló num caso de desaparecimento de cocaína.

Foto: DW/B. Darame

Segundo um despacho do Ministério do Interior a que a Lusa teve hoje acesso, o tenente-coronel Alassana Djaló foi "suspenso das funções de diretor geral da Migração e Fronteiras".

O documento justifica a medida, "tendo em conta a dinâmica que se pretende imprimir na Direção-Geral de Migração e Fronteiras".

A Polícia Judiciaria (PJ) da Guiné-Bissau deteve sexta-feira (11.09) o diretor-geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras, após algumas horas de audição, num caso de desaparecimento de 83 cápsulas de cocaína que a polícia apreendeu na posse de um cidadão luso-guineense, que se preparava para viajar para Lisboa.

Validação ou não de prisão preventiva?

A fonte da PJ precisou que os agentes destacados no aeroporto internacional Osvaldo Vieira apreenderam as cápsulas e detiveram o suspeito, mas horas depois um contingente da Guarda Nacional ordenou a libertação do homem e levaram consigo as 83 cápsulas que testes comprovaram ser cocaína pura.

O caso remonta ao mês de março. A PJ acredita que as cápsulas, entretanto recuperadas das mãos da Guarda Nacional, "foram adulteradas". 

As investigações da PJ revelaram que a ordem de libertação e de apreensão das cápsulas teria partido de Alassana Djaló, na altura comandante da divisão de Investigação Criminal da Guarda Nacional, refere a fonte policial.

Alassana Djaló será hoje presente ao Juiz de Instrução Criminal (JIC) para validação ou não da sua prisão preventiva.

"Maior apreensão de sempre" de cocaína na Guiné-Bissau

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