Património do Nosso Banco será vendido
28 de dezembro de 2016Cadeiras, mesas, aparelhos de ar condicionado e até tapetes. Tudo conta para o inventário do extinto Nosso Banco. A falência da instituição bancária foi determinada a 11 de novembro pelo Banco Central, mas ainda é preciso fazer os cálculos dos bens pertencentes ao banco para reembolsar o dinheiro aos depositantes e pagar dívidas aos credores.
Ali Aiuba, o presidente da comissão criada para realizar esse trabalho, garante que os prazos serão cumpridos: "O que está acordado com o Banco de Moçambique é um ano, no máximo. Mas o nosso compromisso é realizar este trabalho em menos tempo."
A comissão responsável pela liquidação do banco elegeu um acionista para representar o grupo, que vai acompanhar de perto a venda dos bens. O nome do acionista escolhido continua em segredo.
Segundo Ali Aiuba, "neste momento não é oportuno divulgar o nome porque ainda carece de alguns processos formais." Aiuba garante ainda que a Comissão Liquidatária do Nosso Banco está a fazer esforços para que nenhum depositante ou acionista saia prejudicado na hora dos reembolsos.
O administrador do Banco de Moçambique, Alberto Bila, responsável pela liquidação do Nosso Banco, afirma que a indicação da equipa para liderar o processo foi transparente: "Esta informação foi prestada sempre, desde a data da liquidação do Nosso Banco. Essa informação já era pública e o que fizemos foi informar sobre a investidura deste presidente da comissão."
Acionistas não querem ficar prejudicados
Um dos acionistas do extinto Nosso Banco, Pedro Taimo, não esconde a ansiedade de recuperar o seu dinheiro com a venda dos bens da instituição bancária.
"A nossa expetativa é que tudo que seja feito para os depositantes e nós como acionistas não fiquemos prejudicados", afirma.
De acordo com um comunicado do Banco de Moçambique, caso os credores se sintam injustiçados, têm o direito de reclamar no prazo de oito dias, após a publicação da lista para os reembolsos.