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Como ficarão os investimentos dos EUA em Angola com Trump?

AP
3 de dezembro de 2024

A Casa Branca assegura que o Corredor do Lobito é mais do que uma disputa geopolítica com Pequim: Trará benefícios também para os angolanos. E com Trump no poder, a atual administração tem "esperança" que nada mude.

Straße in Luanda während Besuch vom US-Präsident Joe Biden
Foto: B. Ndomba/DW

Joe Biden está deste ontem (02.12) em Angola para uma  visita de três dias. Trata-se de uma visita com forte pendor económico, mas também com simbolismo histórico. 

O momento central da visita do Presidente dos EUA a Angola deverá ser esta quarta-feira (04.12), quando Joe Biden visitar a cidade portuária do Lobito, onde está localizado um dos maiores interesses norte americanos no país, o Corredor do Lobito.

O porta-voz da segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a administração Biden "transformou absolutamente" as relações EUA-África e que a conclusão do Corredor "vai demorar anos, mas já houve muito trabalho feito."

Isto significa que grande parte pode recair sobre o sucessor de Biden, o republicano Donald Trump, que toma posse a 20 de janeiro. Questionado se o projeto poderia prosseguir sem o apoio de Trump, Kirby disse: "A nossa fervorosa esperança de que, à medida que a nova equipa for chegando, também vejam o valor de tudo isso, que vejam como é que isso vai ajudar a tornar um país mais seguro, mais próspero e um continente economicamente mais estável."

Kirby, que falava a bordo do Air Force One, enquanto Biden voava para Angola, disse que o Corredor do Lobito era mais do que simplesmente Washington a tentar ultrapassar Pequim geopoliticamente.

"Diria que não há guerra fria no continente. Não estamos a pedir aos países para escolherem entre nós, a Rússia e a China. Estamos simplesmente em busca de investimento fiável, sustentável e oportunidades em que o povo de Angola e o povo do continente pode confiar", disse.

Joe Biden passou por Cabo Verde antes de chegar a Angola Foto: Ben Curtis/dpa/picture alliance

África na agenda dos EUA?

E o porta-voz da segurança nacional da Casa Branca lembra que "muitos países confiaram em

oportunidades de investimento irregulares e estão agora assolados por dívidas."

O último presidente dos EUA a visitar a África Subsariana foi Barack Obama em 2015. Biden participou numa cimeira climática das Nações Unidas no Egito, em 2022. Biden tinha prometido visitar o continente africano no ano passado, depois de ter feito renascer a Cimeira EUA-África em Dezembro de 2022.

Mas a viagem foi adiada para este ano e depois adiada novamente em outubro devido a

Furacão Milton _ reforçando o sentimento entre os africanos de que África é ainda não é prioridade para Washington.

Hoje, o Presidente dos EUA participará numa cerimónia oficial de chegada e vai ter uma reunião bilateral com o Presidente angolano João Lourenço. Visita ainda o Mudeu da Escravatura que já foi sede da Capela da Casa Grande, um templo do século XVII onde os escravos eram batizados antes de serem levados para a América em navios negreiros.

Kirby disse que Biden fará um discurso a reconhecer "tanto o história horrível de escravatura que ligou as nossas duas nações, mas espera também um futuro assente numa visão partilhada que

beneficia os dois povos."

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