Congresso dos EUA deve aprovar hoje imunidade legal ao Sudão
Lusa
22 de dezembro de 2020
O Congresso dos Estados Unidos deve aprovar esta terça-feira uma resolução para conceder imunidade legal ao Sudão, a última etapa para um acordo histórico entre Washington e Cartum. Negociações preveem-se difíceis.
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A proposta prevê a "restauração da imunidade soberana do Sudão aos Estados Unidos, com exceção das disputas ainda pendentes na justiça federal", relacionadas com os ataques de 11 de setembro de 2001, anunciaram os democratas Chuck Schumer e Bob Menendez em comunicado de imprensa.
Esta proposta está integrada num vasto documento, que inclui, entre outros, um novo plano de apoio à economia em resposta à crise causada pela pandemia de covid-19.
O Sudão já foi formalmente removido, na semana passada, da lista dos Estados Unidos de países que apoiam o terrorismo, que implicava sanções e obstáculos ao investimento internacional.
O presidente cessante dos EUA, Donald Trump, anunciou em outubro a intenção de retirar Cartum daquela lista, em troca do pagamento por parte do Sudão de 335 milhões de dólares (273 milhões de euros) de indemnização às famílias vítimas de ataques em 1998 pela Al-Qaeda contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e Tanzânia, que mataram mais de 200 pessoas, com o argumento que as autoridades sudanesas acolheram naquele tempo o líder daquela organização terrorista Osama bin Laden.
A aprovação da resolução é a última condição para libertar os recursos já pagos pelo Sudão e que se encontram conta caucionada.
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Negociações difíceis
No entanto, as negociações entre o Departamento de Estado e algumas autoridades eleitas do Congresso dos EUA têm dificultado um acordo sobre o documento.
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Os senadores Schumer e Menendez, que representam o Estado de Nova Iorque e Nova Jersey, respetivamente, de onde se registam muitas das vítimas do atentado de 11 de setembro, procuram garantir uma formulação da proposta que não os prive de seu direito de processar o Sudão devido ao seu papel como apoiante da Al Qaeda.
A administração liderada por Donald Trump tinha demonstrado pressa para ter sucesso nesta negociação, por um lado para mostrar o seu apoio às autoridades de transição sudanesas, dois anos após o início da revolta que levou à queda do autocrata Omar al-Bashir. E, por outro lado, para evitar que Cartum ponha em causa o seu reconhecimento histórico de Israel.
O Sudão já tinha alertado recentemente que os bloqueios no Congresso dos EUA sobre a imunidade legal poderiam "atrasar a implementação do acordo" para normalizar as relações com o Estado judeu.
O texto que será apresentado hoje ao Congresso também prevê uma assistência financeira de 700 milhões de dólares (571 milhões de euros) ao Sudão e ainda 120 milhões de dólares (98 milhões de euros) para o pagamento da sua dívida ao Fundo Monetário Internacional.
Donald Trump: Populista, empreendedor, Presidente
Donald Trump é empreendedor imobiliário e estrela de televisão. Muitos não o levavam a sério. Mas ele venceu as eleições e, a partir de 20 de janeiro de 2017, será o 45º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
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A família, o seu império
Trump com a sua família: a esposa, Melania (de branco), as filhas Ivanka e Tiffany, os filhos Eric e Donald Junior, e os netos Kai e Donald Junior 3º. Os filhos são "vice-presidentes seniores" do conglomerado Trump.
Foto: picture-alliance/dpa
Frederick Junior, o pai
Donald Trump herdou o dinheiro para os seus investimentos do pai, Frederick, que lhe deu um capital inicial de um milhão de dólares. Após a sua morte, em 1999, Donald e os seus três irmãos herdaram uma fortuna de 400 milhões de dólares.
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Capitão Trump
Quando tinha 13 anos, o seu pai enviou Trump para um internato militar em Cornwall-on-Hudson, onde deveria aprender a ser disciplinado. No último ano, ele obteve inclusive uma patente militar. Ele diz que, ali, recebeu mais treinamento militar do que nas Forças Armadas americanas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/
"Very good, very smart"
"Muito bom, muito inteligente", é o que Trump diz de si mesmo. E acrescenta que cursou a escola de elite Wharton (foto), da Universidade de Pensilvânia, na Filadélfia, onde se formou em 1968. É uma das oito universidades integrantes da Ivy League, as universidades mais prestigiadas dos EUA. Mesmo assim, sabe-se pouco sobre o percurso de Trump na faculdade.
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Dispensado da Guerra do Vietname
Devido a um problema no calcanhar, Trump foi dispensado e não lutou na Guerra do Vietname. Na guerra, morreram cerca de 58 mil soldados dos Estados Unidos e aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados, além de outros dois milhões de cambojanos e laocianos.
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Ivana, a primeira esposa
Em 1977, Trump casou-se com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem teve três filhos. O relacionamento foi acompanhado de rumores sobre relacionamentos extraconjugais. Foi Ivana quem apelidou Trump de "The Donald".
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Anos 80: Abertura do Harrah's at Trump Plaza
Esta foto, tirada em 1984, marca a abertura do Harrah's at Trump Plaza, um complexo envolvendo hotel, restaurante e casino em Atlantic City (Nova Jérsia). Este foi um dos primeiros investimentos que tornaram Trump bilionário.
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Família número 2
Em 1990, Trump divorciou-se de Ivana e casou-se com Marla, 17 anos mais jovem que ele. A filha do casal se chama Tiffany.
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As meninas de Trump
Em público, Trump não aparece só ao lado de sua esposa. Ele costuma acompanhar concursos de beleza ao lado de jovens modelos. De 1996 a 2015, ele foi o responsável pelo concurso de Miss Universo ("Miss Universe") nos EUA.
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Livro muito lido e vendido
Como fazer milhões de forma rápida? O best-seller de Trump "A arte da negociação" é um exemplo. O livro é em parte autobiográfico, em parte um livro de dicas para empresários ambiciosos. A publicação não foi somente uma das mais vendidas nos EUA, como também colocou Trump no centro das atenções no país.
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O nome é a marca
Trump investe de forma agressiva, mas também sofre fracassos. Numa perspectiva de longo prazo, no entanto, obtém sucesso, como por exemplo com a Trump Tower em Nova York. Ele calcula a sua fortuna hoje em 10 bilhões de dólares. Especialistas, entretanto, consideram um terço desse valor mais realista. Portanto, cerca de 3 bilhões de dólares.
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"The Donald" no ringue
Como poucos, Trump consegue chamar a atenção dos mídia. Seu campo de ação inclui até um ringue de luta livre. No seu programa de TV "O Aprendiz" ("The Apprentice"), os candidatos eram contratados ou demitidos. A primeira edição foi ao ar durante o ano de 2004 na cadeia televisiva NBC. A frase favorita de Trump no programa era "Você está demitido!"
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Ascenção rápida de Trump na política
Em 16 de junho de 2015, Trump anunciou a candidatura para a corrida presidencial pelo Partido Republicano. O seu slogan foi: "Faça a América grande outra vez" ("Make America great again"). A campanha foi feita ao lado da família e com slogans contra imigrantes, muçulmanos, mulheres e adversários políticos. Investiu muito nos mídia sociais como o Twitter onde tem 13,8 milhões de seguidores.
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45º presidente dos Estados Unidos da América
A partir do dia 20 de janeiro de 2017, o populista e showman será o novo Presidente dos Estados Unidos. No início da campanha, poucos pensavam que poderia vencer as eleições do dia 8 de novembro de 2016 contra a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. Mas a história de Donald J. Trump também mostra que este homem tem a capacidade de se transformar como um camaleão.