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COP24 começa na Polónia com apelo por 'ações decisivas'

kg | Lusa | EFE | Reuters
2 de dezembro de 2018

Líderes alertam que mundo está em encruzilhada diante de "ameaças urgentes". Cimeira do Clima da ONU em Katowice, na Polónia, é um teste sobre comprometimento de países com metas climáticas do Acordo de Paris.

Foto: picture-alliance/dpa/MAXPPP/F. Dubray

A Cimeira do Clima da ONU arrancou este domingo (02.12) em Katowice, na Polônia, com um apelo para que Governos de todo o mundo tomem "ações decisivas" para enfrentar a "ameaça urgente" do aquecimento global.

O apelo foi feito numa cerimónia pelos presidentes das últimas quatro cimeiras do clima: o ex-ministro do Meio Ambiente peruano, Manuel Pulgar-Vidal (responsável pela COP20); o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Laurent Fabius (COP21); o ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, Salaheddine Mezouar (COP22); e o primeiro-ministro das Ilhas Fiji, Frank Bainimarama (COP23).

Frank Bainimarama passou o mandato ao seu sucessor, o secretário de Estado da Energia polaco Michal Kurtyka, que presidirá à 24.ª conferência da ONU para o clima (COP24).

Marcha pelo clima reúne centenas de pessoas em BruxelasFoto: Reuters/F. Walschaerts

"O mundo está numa encruzilhada e a ação decisiva nos próximos dois anos é crucial para enfrentar essas ameaças urgentes", disseram os líderes, na nota, em referência aos efeitos das alterações climáticas.

O encontro em Katowice é visto como um teste do comprometimento dos países signatários em implementar medidas para alcançar as suas próprias metas climáticas, dentro do que foi definido em Paris. O objetivo é enviar uma "mensagem inequívoca" a todos os países para que reduzam as emissões de dióxido de carbono e que abandonem completamente as emissões de poluentes de combustíveis fósseis.

"Que aquilo que os ministros e outros líderes disserem e fizerem em Katowice na COP24 ajude a determinar os esforços dos próximos anos. Qualquer atraso só tornará mais difícil enfrentar a resposta à mudança climática", alertaram.

Impulso

A COP24 recebeu um impulso neste fim de semana, quando 19 grandes economias, reunidas na cúpula do G20 em Buenos Aires, reafirmaram seu comprometimento com o Acordo de Paris. A exceção foram os Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, anunciou que vai deixar o acordo.

Os primeiros encontros plenários começam este domingo, mas a cerimónia de abertura oficial do encontro mundial está marcado para esta segunda-feira. O evento com enviados de quase 200 nações se prolonga até 14 de dezembro. 

O Governo federal alemão deverá lançar esta semana uma iniciativa para atrair mais investimentos privados a projetos em África, afirmou o ministro do Desenvolvimento da Alemanha, Gerd Müller.

Müller adiantou que a Alemanha enviará um "sinal claro" e prometeu que o país destinar 1,5 bilhões de euros adicionais para a proteção do clima.

Negociadores de todo o mundo terão duas semanas de conversações sobre as mudanças climáticas e sobre como implementar as medidas para manter o aquecimento do planeta abaixo de 2 graus Celsius, definidos no Acordo de Paris em 2015. A propósito do início da COP24 realiza-se este domingo em Bruxelas uma marcha pelo clima.

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