Covid-19: África com mais de 14 mil casos e 788 mortes
Lusa | tms
13 de abril de 2020
África do Sul regista a maioria das infeções no continente, enquanto a Argélia tem mais casos de mortes causadas pela Covid-19. Segundo a União Africana, o norte é a região mais afetada pela doença.
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O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África subiu esta segunda-feira (13.04) para 788 com mais de 14 mil casos registados em 52 países, de acordo com o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África).
Segundo este documento, nas últimas 24 horas, o número de mortes registadas subiu de 744 para 788, enquanto as infeções aumentaram de 13.686 para 14.528. O CDC África registou também 2.570 doentes recuperados após a infeção.
O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença com 6.379 casos, 603 mortes e 1.138 doentes recuperados. Na África Austral, são 2.325 os casos registados da doença, que já provocou 35 mortes, tendo 452 doentes recuperado da infeção. Na África Ocidental, há registo de 3.361 infeções, 84 mortes e 664 doentes recuperados.
Países mais afetados
A pandemia afeta 52 dos 55 países e territórios de África, com quatro países – África do Sul, Argélia, Egito e Marrocos - a concentrarem mais de metade das infeções e mortes associadas ao novo coronavírus.
A África do Sul tem o maior número de casos (2.173), com 25 mortos, mas o maior número de vítimas mortais regista-se na Argélia (293), em 1.914 infetados.
O Egito tem 2.065 infetados e 159 mortos, enquanto Marrocos totaliza 1.651 casos e 118 vítimas mortais.
Apenas Lesoto, ilhas Comores e o Saara Ocidental não têm casos reportados da doença.
Lusófonos
Todos os países africanos lusófonos registam casos de Covid-19, com a Guiné-Bissau a ser o mais afetado, contabilizando 39 pessoas infetadas pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente divulgado pelas autoridades guineenses no sábado (11.04).
Angola soma 19 casos confirmados de Covid-19 e duas mortes. Moçambique tem 21 casos declarados de infeção pelo novo coronavírus e Cabo Verde totaliza dez casos de infeção desde o início da pandemia, entre os quais um morto.
São Tomé e Príncipe, o último país africano de língua portuguesa a detetar a doença no seu território, tem quatro casos confirmados. E a Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), confirmou 21 casos positivos de infeção.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.
Onde se podem esconder os coronavírus
Vírus por toda parte: nos alimentos, no pacote do correio, até no próprio cão de estimação? O Departamento de Avaliação de Risco da Alemanha esclarece o que se sabe sobre o coronavírus.
Foto: picture-alliance/dpa/Jagadeesh Nv
Animais silvestres são tabu
Há fortes indícios de o coronavírus ter sido transmitido inicialmente aos seres humanos por um morcego. O animal, porém, não teve qualquer culpa: ele foi possivelmente servido como iguaria. E agora os seres humanos amargam a "maldição do morcego que virou sopa"... Um efeito positivo do surto de covid-19 é a China ter proibido o consumo de carne de animais selvagens.
Foto: picture-alliance/Photoshot/H. Huan
Maçanetas contaminadas
Os coronavírus conhecidos permanecem infecciosos em superfícies como maçanetas por quatro a cinco dias, em média. Os especialistas partem do princípio que os conhecimentos sobre as variedades já estudadas se aplicam ao novo coronavírus. Assim, como todas as infecções por gotículas, também este novo coronavírus Sars-CoV-2 muito provavelmente propaga-se por mãos e superfícies tocadas com frequência.
Em princípio, os coronavírus contaminam pratos ou talheres se alguém infectado espirra ou tosse diretamente neles. Por isso é necessário certo cuidado durante o almoço no refeitório do trabalho. No entanto, o Departamento Federal alemão de Avaliação de Riscos (Bundesinstitut für Risikobewertung - BfR) enfatiza que "até agora não se sabe de infecções com o Sars-CoV-2 por esse meio de transmissão".
Foto: picture-alliance/dpa/Jagadeesh Nv
Medo de produtos importados?
Até o momento não há nenhum caso em que o coronvírus foi transmitido através de produtos importados. Os estudos sugerem que o novo coronavírus seja relativamente instável em termos ambientais: os patógenos permaneceriam infecciosos durante vários dias sobretudo a temperaturas baixas e alta humidade atmosférica. Mas segundo o BfR, pais não precisam temer contágio através de brinquedos importados.
Foto: Ivivse/Karin Banduhn
Vírus pelo correio?
Em geral, os coronavírus humanos não são especialmente resistentes sobre superfícies secas. Como a sua estabilidade fora do organismo humano depende de diversos fatores ambientais, como temperatura e humidade, o BfR considera "improvável" um contágio por encomendas de correio – embora ressalvando ainda não haver dados mais precisos sobre o Sars-CoV-2.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Weller
Legumes e frutas do mercado
Igualmente improvável é a transmissão do coronavírus Sars-CoV-2 através de alimentos contaminados, na avaliação do BfR. Não são conhecidos casos comprovados. Mas lavar cuidadosamente as mãos antes de preparar a refeição é mandatório nos tempos da covid-19. Como os vírus são sensíveis ao calor, aquecer os alimentos pode reduzir ainda mais o risco de contágio.
Foto: DW/M. Mueia
Longa vida no gelo
Embora os coronavírus conhecidos até ao presente reajam mal ao calor, eles são bastantes resistentes ao frio, permanecendo infecciosos a -20 ºC por até dois anos. Também aqui, contudo, não há qualquer indício de cadeias infecciosas do Sars-CoV-2 por meio do consumo de alimentos, mesmo supercongelados.
Foto: DW/J. Beck
Pingue-pongue entre cães e os donos?
Também o risco de contaminação de animais domésticos é considerado muito baixo pelos especialistas, embora não o descartem. Os próprios animais não apresentam sintomas patológicos. Caso infectados, contudo, é possível transmitirem o coronavírus pelas vias respiratórias ou excrementos.