África ultrapassou os 1,5 milhões de infetados com Covid-19 nas últimas 24 horas. Só a África do Sul, país mais afetado do continente, tem quase 700 mil casos. Total de mortos chega a 36.614.
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De acordo com o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) divulgado este domingo (04.10), nas últimas 24 horas houve nos 55 Estados-membros da organização mais 8.794 casos da doença, elevando o número de infetados para 1.506.185, e 6.400 recuperados, para um total de 1.243.259.
Segundo o África CDC, a África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, com mais 29 mortos nas últimas 24 horas, subindo para as 18.209 vítimas mortais, e o número total de infetados é agora de 744.572. Só na África do Sul, o país mais afetado do continente, estão registados 679.716 casos e 16.938 mortes.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 350.835 pessoas infetadas e 11.324 mortos e, na África Ocidental, o número de infeções é de 178.317, com 2.632 vítimas mortais.
A região da África Oriental contabiliza agora 174.385 casos e regista 3.366 vítimas mortais e na África Central estão registados 58.076 casos e 1.083 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.970 mortos e 103.575 infetados, e Marrocos contabiliza 2.293 mortos e 131.228 casos. A Argélia surge logo a seguir, com 51.838 casos de infeção registados e 2.052 vítimas mortais.
Entre os seis países com mais afetados estão também a Etiópia, com 77.860 casos e 1.214 vítimas mortais, e a Nigéria, com 59.287 infetados e 1.113 mortos.
Covid-19 nos PALOP
Em relação aos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Até ao início da tarde de domingo (04.10), Angola registava 193 mortos e 5.370 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.045 casos, números iguais ao registo anterior), Moçambique (66 mortos e 9.196 casos), Cabo Verde (62 mortos e 6.296 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.362 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 911 casos).
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Covid-19: Africanos criam máscaras em grande estilo
A máscara facial tornou-se um símbolo global na luta contra a Covid-19. Mas, para estilistas de África, as máscaras são mais do que um simples pedaço de tecido de proteção. Veja os melhores estilos do continente.
Foto: Reuters/L. Gnago
Máscaras para os mais novos
Um rapaz de Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim, está a usar um chapéu e uma máscara a condizer. Os dois produtos foram criados pelo estilista marfinense Arthur Bella N'guessan.
Foto: Reuters/L. Gnago
Máscaras doadas
Arthur Bella N'guessan também cria máscaras personalizadas que combinam com as roupas dos clientes. A sua produção diária de máscaras é de mais de mil por dia. O estilista oferece muitas delas gratuitamente.
Foto: Reuters/L. Gnago
Estilo de Lagos
Proteger-se a si e aos outros ao estilo de Lagos, na Nigéria: A influente estilista nigeriana Angel Obasi apresenta uma máscara facial vermelha e branca com roupa a condizer.
Foto: Reuters/T. Adelaja
Impressão clássica
Em muitos países africanos, a utilização de máscaras faciais em público foi exigida pelo Governo para combater a propagação da COVID-19. Designers e alfaiates de todo o continente têm estado a intensificar a produção para satisfazer a procura.
Foto: Reuters/L. Gnago
Integração no vestuário
Para estilistas como Sophie Zinga, fotografada na sua oficina em Dacar, capital do Senegal, a tarefa é clara: "Como estilista de moda penso que vamos ter de integrar cada roupa com máscaras de moda", diz.
Foto: Reuters/C. Van Der Perre
Cores vivas
Na capital da Nigéria, Abuja, as regras são simples: Quanto mais vistoso, melhor. Esta mulher está a mostrar a máscara rosa que está a usar com o seu hijab.
Foto: Reuters/A. Sotunde
Manequim a condizer
Um manequim na oficina do designer marfinense Arthur Bella N'guessan, com máscara e vestuário a condizer.
Foto: Reuters/L. Gnago
Estilo pessoal
Para os jovens "fashionistas" da Universidade de Lagos, na Nigéria, como Uche Helen, as máscaras feitas à medida são uma forma de chamar mais atenção.
Foto: Reuters/T. Adelaja
Artigos de luxo
Moda de alta-costura em África: Esta máscara usada pela estilista de moda nigeriana Sefiya Diejomoah está cravejada com joias de diamantes cintilantes. "Quando se sai com uma máscara com estilo, não parece que estamos a combater uma guerra", diz Diejomoah.
Foto: Reuters/T. Adelaja
Necessidade económica
Para muitos estilistas em África, a criação de equipamento de proteção, como máscaras, tem sido uma forma de manter o negócio, apesar da recessão económica.