A África Austral é atualmente a região com mais casos no continente, ao registar cerca de 65 mil pessoas infetadas. No entanto, o Norte de África continua a ser a região com mais mortes.
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África superou, este sábado (13.06), a barreira dos seis mil mortos por covid-19, registando 6.040, mais 284 que na sexta-feira (12.06), e conta mais de 225 mil infeções.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados passou de 216.446 para 225.105, isto é, mais 8.659 pessoas doentes.
Também o número de recuperados subiu nas últimas 24 horas para 102.846.
A África Austral é atualmente a região com mais casos no continente, superando o Norte de África, ao registar 65.278 casos de infeção pelo novo coronavírus e 1.383 mortos. A maioria dos casos desta região concentra-se na África do Sul, o país com os números mais elevados em todo o continente africano: 61.927 infetados e 1.354 mortos.
Norte de África com mais mortos
O Norte de África continua a liderar quanto ao número de mortes (2.514), contabilizando 63.552 infeções.
A África Ocidental regista 914 mortos e 48.504 infeções, a África Oriental tem 763 vítimas mortais e 25.144 casos, enquanto na África Central há 466 mortos em 22.627 infeções.
O Egito é o país com mais mortos (1.422) em 41.303 infeções, seguindo-se a África do Sul e depois a Argélia, com 751 vítimas mortais e 10.698 infetados.
Países lusófonos
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções e mortes, com 1.460 casos, registando 15 vítimas mortais. Cabo Verde tem 697 infeções e seis mortos e São Tomé e Príncipe contabiliza 650 casos e 12 mortos, segundo as autoridades locais.
Moçambique conta 509 doentes infetados e dois mortos e Angola tem 130 casos confirmados de e cinco mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há mais de uma semana 1.306 casos e 12 mortos, segundo o África CDC.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 423 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Covid-19: Cuidados de higiene em áreas de risco
Como manter os cuidados de higiene em campos de refugiados e bairros de lata é um grande desafio na pandemia. Mas alguns países e organizações estão a lutar para manter esses locais seguros e limpos.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Pilick
Zâmbia
Algumas pessoas ficam semanas sem acesso à água potável em muitas partes do mundo. O vale de Gwembe foi profundamente afetado pela seca nos últimos dois anos. Atualmente, o UNICEF está a apoiar a reabilitação e a perfuração de 60 poços para reforçar a lavagem das mãos nos pontos de distribuição de água durante a pandemia do novo coronavírus.
Foto: UNICEF/UNI308267/Karin Schermbrucker
Quénia
Várias estações de água foram instaladas em locais públicos do Quénia para fornecer a água limpa à população. Em Nairobi, para impedir a propagação da Covid-19, um menino segue as instruções de como lavar as mãos adequadamente numa estação de água em Kibera.
Foto: UNICEF/UNI322682/Ilako
Iémen
O Iémen abriga cerca de 3,6 milhões de pessoas deslocadas internamente. Com grande parte do seu sistema de saúde e saneamento destruído pela guerra, esses deslocados são altamente vulneráveis ao novo coronavírus. Voluntários treinados pelo UNICEF estão a orientar a população sobre como evitar que a doença se espalhe.
Foto: UNICEF/UNI324899/AlGhabri
Síria
A Síria enfrenta um problema semelhante ao entrar no seu décimo ano de guerra. Milhões de sírios vivem em campos de refugiados, como o campo de Akrabat, perto da fronteira com a Turquia. Para explicar às famílias sobre os riscos do coronavírus, os funcionários da ONU visitam os campos e usam bonecos feitos à mão para falar sobre os perigos da Covid-19.
Foto: UNICEF/UNI326167/Albam
Filipinas
Os efeitos a longo prazo dos desastres naturais também são um fator de risco. Nas Filipinas, as casas de banho públicas, como as vistas aqui, num centro de evacuação na cidade de Tacloban, tornaram-se um terreno fértil para a propagação do vírus. O saneamento tornou-se ainda mais crucial. A região sofre com os efeitos posteriores do tufão Haiyan há anos.
Foto: UNICEF/UNI154811/Maitem
Jordânia
Kafa, de 13 anos, volta à caravana da sua família carregando um grande recipiente de plástico cheio de água que ela acabou de coletar num ponto de abastecimento comunitário. As mulheres no maior campo de refugiados da Jordânia agora estão a fabricar sabão com materiais naturais para as famílias necessitadas.
Foto: UNICEF/UNI156134/Noorani
Índia
Na Índia, as pessoas são incentivadas a costurar máscaras em casa. Isso também gera dinheiro, especialmente para mulheres que vivem em áreas rurais. Estas mulheres costuram máscaras no centro de Bihar, na GOONJ, uma ONG situada em vários estados indianos, que disponibiliza socorro, ajuda humanitária e desenvolvimento comunitário.
Foto: Goonj
Bangladesh
Voluntários de vários grupos de pessoas com deficiência também se envolvem ativamente na distribuição de desinfetantes pela cidade de Dhaka. Roman Hossain distribui desinfetantes e informa outros membros da sua comunidade sobre a importância de lavar as mãos regularmente.
Foto: CDD
Guatemala
Há uma necessidade urgente de reduzir os impactos da crise da Covid-19 em Huehuetenango, na Guatemala, para além da crise alimentar já existente, causada pela seca de 2019. As comunidades indígenas esperam todos os dias para coletar seus alimentos e kits de higiene básica, onde também obtêm informações e recomendações para prevenir a Covid-19 nos idiomas locais.