País é o mais afetado pela pandemia na África Subsaariana, com 10.015 casos positivos da doença provocada pelo novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde sul-africano. 194 pessoas já morreram.
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"Até hoje, o número total de casos confirmados de Covid-19 na África do Sul é de 10.015", afirmou o ministro da Saúde, Zwelini Mkhize, na noite deste domingo (10.05), ressaltando que houve um acréscimo de 595 casos positivos em 24h.
O ministro observou "com preocupação" que 84% dos casos confirmados de covid-19 estão localizados em duas das nove províncias do país: Cabo Oriental (sudoeste) e Cabo Ocidental (sul), que inclui toda a Cidade do Cabo.
Entretanto, o país regista um total de 4.173 casos recuperados. Até ao momento, o Governo já realizou mais de 350 mil testes.
Covid-19: O desespero dos sem-abrigo na África do Sul
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Desde o dia 1 de maio o Governo tem levantado progressivamente as medidas de confinamento em vigor desde final de março para conter a propagação do novo coronavírus no país.
Números da pandemia
O número de casos da covid-19 em África ultrapassou este domingo (10.05) os 60 mil e 2.223 pessoas morreram em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (726 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (246 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (91) e Angola (45 infetados e dois mortos).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Covid-19: Sete mudanças no meio ambiente
Menos poluição atmosférica, mais espaço para a vida selvagem e águas cristalinas são alguns dos efeitos da pandemia da Covid-19 no meio ambiente. Mas nem tudo é positivo.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/I. Aditya
Ar mais limpo
Com o mundo a paralisar por causa da pandemia da Covid-19, a súbita suspensão da maior parte das atividades industriais reduziu drasticamente os níveis de poluição do ar. Imagens de satélite revelam uma clara queda nos níveis globais de dióxido de nitrogénio (NO2), um gás que é emitido principalmente por motores de carros e fábricas e é responsável pela má qualidade do ar em muitas cidades.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/I. Aditya
Queda nas emissões de CO2
Como aconteceu com o NO2, as emissões de dióxido de carbono (CO2) também reduziram. Quando a atividade económica pára, o mesmo ocorre com as emissões de CO2. A última vez que isto aconteceu foi durante a crise financeira de 2008-2009. Só na China as emissões caíram cerca de 25%, de acordo com o site Carbon Brief. Mas essa mudança vai, provavelmente, ser apenas temporária.
Enquanto as pessoas se isolam nas suas casas, alguns animais aproveitam para explorar terreno. Com menos carros a circular nas cidades, há menos hipóteses de pequenos animais, como os ouriços, serem atropelados depois da hibernação. Enquanto isso, outras espécies, como os patos, terão de encontrar outras fontes de alimentos, além das migalhas de pão que eram jogadas pelos humanos nos parques.
Foto: picture-alliance/R. Bernhardt
Alerta sobre tráfico de animais
Os ambientalistas esperam que a pandemia da Covid-19 ajude a conter o comércio global de animais selvagens. O tráfico de animais tem levado várias espécies à beira da extinção. O novo coronavírus surgiu provavelmente num mercado da cidade chinesa de Wuhan onde se vende animais vivos, e que é um centro do tráfico legal e ilegal da vida selvagem.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Lalit
Águas limpas
Logo depois de Itália entrar em confinamento obrigatório, foram partilhadas nas redes sociais várias imagens dos canais de Veneza. A água azul cristalina dos canais está muito longe da sua habitual aparência turva. Com os navios de cruzeiro por enquanto ancorados, há menos poluição sonora nos oceanos. Isso ajuda a reduzir os níveis de stress de animais marinhos, como as baleias.
Foto: Reuterts/M. Silvestri
Desperdício de plástico
Mas nem tudo são boas notícias. Um dos piores efeitos colaterais desta pandemia no ambiente é o aumento do uso de plásticos descartáveis - desde equipamentos médicos e luvas a embalagens plásticas. Cada vez mais pessoas optam por alimentos pré-embalados. Mesmo os cafés que permanecem abertos deixaram de aceitar copos reutilizáveis dos clientes, na tentativa de impedir a propagação do vírus.
Foto: picture alliance/dpa/P.Pleul
Crise climática é ignorada
Com a Covid-19 a dominar as notícias, a crise climática foi posta de lado. Mas isso não a torna menos urgente. Analistas avisam que não se pode adiar decisões importantes sobre o clima, mesmo com o adiamento da Conferência do Clima da ONU para 2021. Embora as emissões de poluentes tenham caído desde o início da pandemia, é pouco provável que haja mudanças generalizadas e de longo prazo.