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Covid-19: África pode já ter passado pelo pico da pandemia

AFP | mp
26 de agosto de 2020

Declaração é da chefe da OMS para África, Matshidiso Moeti, em encontro de ministros africanos da Saúde. A diretora regional acrescentou, porém, que agora que muitos países abrem a economia é preciso ter mais cautela.

WHO - Ebola-Lage im Kongo | Matshidiso Moeti
Foto: picture-alliance/dpa/KEYSTONE/S. Di Nolfi

A África pode ter passado pelo pico da pandemia de Covid-19. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25.08) pela a chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) no continente, Matshidiso Moeti.

A diretora regional da OMS disse numa conferência de ministros da Saúde africanos que o número de novos casos estava a diminuir, mas alertou contra a complacência para evitar uma segunda vaga.

"Estamos a ver que tivemos o que parece ter sido um pico. Agora temos números diários de casos a serem relatados globalmente na região a descer", revelou durante a reunião on-line.

Mas há ainda alguns países, como a Namíbia, que registam um aumento dos casos diários.

Pandemia mudou o quotidiano dos cidadãos do QuéniaFoto: Getty Images/AFP/G. Odhiambo

A África registou quase 1,2 milhões de casos e pelo menos 28 mil mortes desde que o vírus chegou ao continente em 14 de fevereiro - de acordo com uma contagem da agência de notícias AFP.

A África do Sul tem mais da metade dessas infeções. É o quinto país mais afetado do mundo. Embora o número de casos e mortes esteja também a diminuir, o ministro da Saúde Zweli Mkhize advertiu que "a maior preocupação [no país] é se de fato este é o primeiro surto e se poderá haver outro".

"Passámos o nosso ápice, a nossa onda, mas se olharmos para Espanha, começa a aparecer uma onda depois de uma longa pausa", disse no encontro.

Elogios a líderes africanos

Moeti louvou os líderes africanos por terem tomado "decisões extremamente corajosas e difíceis" para programar bloqueios para os seus países e economias a fim de "evitar a catástrofe prevista nas primeiras projeções sobre como o novo coronavírus afetaria o continente".

Cemitérios cheios são uma das marcas da Covid-19 na África do SulFoto: picture-alliance/dpa/AP/N. Engelbrecht

Muitos governos estão a começar a levantar as regras de bloqueio impostas para limitar a propagação do vírus, mas a diretora regional salientou que a situação continua a ser muito grave. "Agora que os países abrem as suas economias, é necessária uma maior vigilância", disse Moeti.

Havia receios de que os sistemas de saúde de África entrassem em colapso ao enfrentar a pandemia.

O Primeiro-Ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, exortou os ministros a aproveitarem a pandemia para reforçar as suas infraestruturas de saúde.

"Covid-19 ensinou-nos que sistemas de saúde fortes são uma questão de segurança nacional e sobrevivência", disse Ahmed numa mensagem pré-gravada.

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