Nas últimas 24 horas, o continente africano registou 3.113 novos casos do novo coronavírus. Governo do Zimbabué anuncia que confinamento imposto não tem prazo para terminar. RDC vai iniciar desconfinamento progressivo.
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O número de casos da Covid-19 no continente africano aumentou para 81.307, anunciou este domingo (17.05) o Centro de Controlo e Previsão de Doenças da União Africana (CDC Africa). Nas últimas 24 horas, foram registadas 3.113 novas infeções. Mais de 31 mil pessoas se recuperaram.
Os óbitos em África subiram para 2.704, com 74 mortes registadas de sábado para domingo. O mesmo número de novos óbitos tinha sido registado de sexta-feira (15.05) para sábado.
No Zimbabué, o Presidente Emmerson Mnangagwa anunciou este domingo que o confinamento imposto desde 30 de março vai manter-se "por tempo indeterminado". A situação vai ser revista a cada duas semanas. O chefe de Estado congratulou-se com os efeitos positivos do confinamento, considerando que refletem os baixos números de contágios.
Desde o início do surto no país, o Zimbabué testou 25 mil pessoas, tendo registado oficialmente 42 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo quatro óbitos.
"Como tal, o Zimbabué vai permanecer em confinamento por tempo indeterminado", disse Emmerson Mnangagwa, numa intervenção na televisão pública. "Vamos reavaliar a situação a cada duas semanas para observar o progresso - ou a falta de progresso", acrescentou.
Desconfinamento na RDC
Já a República Democrática do Congo vai proceder a um "desconfinamento progressivo e por etapas" a partir de segunda-feira (18.05). As fronteiras vão permanecer fechadas e as duas principais cidades, Brazzaville e Pointe-Noire, vão continuar isoladas do resto do país. As duas cidades concentram 97% dos 412 casos registados oficialmente no país.
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Decretado no final de março após os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus importados da Europa, "o fecho das fronteiras aéreas, terrestres, fluviais e marítimas" permanece em vigor, exceto no transporte de mercadorias, declarou o primeiro-ministro congolês, Clément Mouamba.
Bares, restaurantes e hotéis permanecem fechados. O recolher obrigatório das 20:00 às 05:00 será mantido "como parte do estado de emergência sanitária". As aulas nas escolas serão retomadas apenas para os alunos que vão fazer exames. "A reabertura das escolas para os restantes alunos é adiada para setembro de 2020". As universidades permanecem fechadas.
Em todo mundo, foram registados mais de 4,6 milhões de casos do novo coronavírus, além de mais de 312 mil mortes. Os Estados Unidos da América são o país com o maior número de infeções - mais de 1,4 milhões. Na sequência, vem a Rússia, o Reino Unido e o Brasil, com 233 mil contaminados.
Covid-19: Cuidados de higiene em áreas de risco
Como manter os cuidados de higiene em campos de refugiados e bairros de lata é um grande desafio na pandemia. Mas alguns países e organizações estão a lutar para manter esses locais seguros e limpos.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Pilick
Zâmbia
Algumas pessoas ficam semanas sem acesso à água potável em muitas partes do mundo. O vale de Gwembe foi profundamente afetado pela seca nos últimos dois anos. Atualmente, o UNICEF está a apoiar a reabilitação e a perfuração de 60 poços para reforçar a lavagem das mãos nos pontos de distribuição de água durante a pandemia do novo coronavírus.
Foto: UNICEF/UNI308267/Karin Schermbrucker
Quénia
Várias estações de água foram instaladas em locais públicos do Quénia para fornecer a água limpa à população. Em Nairobi, para impedir a propagação da Covid-19, um menino segue as instruções de como lavar as mãos adequadamente numa estação de água em Kibera.
Foto: UNICEF/UNI322682/Ilako
Iémen
O Iémen abriga cerca de 3,6 milhões de pessoas deslocadas internamente. Com grande parte do seu sistema de saúde e saneamento destruído pela guerra, esses deslocados são altamente vulneráveis ao novo coronavírus. Voluntários treinados pelo UNICEF estão a orientar a população sobre como evitar que a doença se espalhe.
Foto: UNICEF/UNI324899/AlGhabri
Síria
A Síria enfrenta um problema semelhante ao entrar no seu décimo ano de guerra. Milhões de sírios vivem em campos de refugiados, como o campo de Akrabat, perto da fronteira com a Turquia. Para explicar às famílias sobre os riscos do coronavírus, os funcionários da ONU visitam os campos e usam bonecos feitos à mão para falar sobre os perigos da Covid-19.
Foto: UNICEF/UNI326167/Albam
Filipinas
Os efeitos a longo prazo dos desastres naturais também são um fator de risco. Nas Filipinas, as casas de banho públicas, como as vistas aqui, num centro de evacuação na cidade de Tacloban, tornaram-se um terreno fértil para a propagação do vírus. O saneamento tornou-se ainda mais crucial. A região sofre com os efeitos posteriores do tufão Haiyan há anos.
Foto: UNICEF/UNI154811/Maitem
Jordânia
Kafa, de 13 anos, volta à caravana da sua família carregando um grande recipiente de plástico cheio de água que ela acabou de coletar num ponto de abastecimento comunitário. As mulheres no maior campo de refugiados da Jordânia agora estão a fabricar sabão com materiais naturais para as famílias necessitadas.
Foto: UNICEF/UNI156134/Noorani
Índia
Na Índia, as pessoas são incentivadas a costurar máscaras em casa. Isso também gera dinheiro, especialmente para mulheres que vivem em áreas rurais. Estas mulheres costuram máscaras no centro de Bihar, na GOONJ, uma ONG situada em vários estados indianos, que disponibiliza socorro, ajuda humanitária e desenvolvimento comunitário.
Foto: Goonj
Bangladesh
Voluntários de vários grupos de pessoas com deficiência também se envolvem ativamente na distribuição de desinfetantes pela cidade de Dhaka. Roman Hossain distribui desinfetantes e informa outros membros da sua comunidade sobre a importância de lavar as mãos regularmente.
Foto: CDD
Guatemala
Há uma necessidade urgente de reduzir os impactos da crise da Covid-19 em Huehuetenango, na Guatemala, para além da crise alimentar já existente, causada pela seca de 2019. As comunidades indígenas esperam todos os dias para coletar seus alimentos e kits de higiene básica, onde também obtêm informações e recomendações para prevenir a Covid-19 nos idiomas locais.