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SaúdeGlobal

Ómicron cresceu 4 vezes mais que na semana anterior

Lusa
22 de dezembro de 2021

Laboratórios genómicos mundiais detetaram, na última semana, cerca de 14 mil novos casos da variante Ómicron. Contam-se agora 106 países que já identificaram a variante.

Coronavirus - Virusvariante Omikron
Foto: Andre M. Chang/dpa/ZUMA Press Wirepicture alliance

Um relatório epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o número de casos detetados é cerca de quatro vezes mais do que na semana anterior. Segundo a análise da rede mundial de laboratórios GISAID, que colabora com a OMS, a percentagem da variante Ómicron subiu, em sete dias, de 0,1% para 1,6%.

Ao analisar-se estes números, deve ter-se em conta que resultam da soma de análises dos últimos 60 dias e que, portanto, a percentagem real de caso de Ómicron pode ser maior, como nota a agência espanhola Efe.

Simultaneamente, tem havido um esforço dos laboratórios para detetar a nova variante e sequenciar os casos suspeitos. Porém, apenas uma pequena parte dos casos de Covid-19, 1 em cada 40, segundo a OMS, é analisada em laboratório.

Ómicron domina Delta

Ainda que a grande maioria das novas infeções (96%) continue a ser da variante Delta, dominante em 2021, a Ómicron apresenta um risco associado "muito elevado", assinala a OMS. A organização recorda que, enquanto em novembro, a maioria dos casos de Ómicron estava relacionada com viagens, já vários países reportaram focos de transmissão comunitária.

Até esta terça-feira (22.12), todas as seis regiões utilizadas pela OMS aumentaram o número de novos casos da nova variante, contabilizando-se agora 106 países que já a identificaram.

Tentativa de deteção da variante Ómicron, num laboratório israelitaFoto: Gideon Markowicz/JINI/Xinhua/picture alliance

A atual situação "é caraterizada pela predominância da variante Delta, o declínio das variantes Alfa, Beta e Gama, que têm circulado em prevalências muito baixas há várias semanas, e a emergência da variante Ómicron", constata a OMS, no habitual relatório epidemiológico semanal atualizado.

Nova variante deixa dúvidas

 

Ainda não se tem a certeza se esta taxa de crescimento pode ser atribuída à perda de imunidade, à crescente transmissibilidade intrínseca ou a uma combinação de ambas.

Também os dados sobre a gravidade clínica da Ómicron "continuam a ser limitados", reconhece a OMS, insistindo que não é possível afirmar se a Ómicron produz infeções mais ou menos graves de covid-19.

Ainda assim, é possível constatar que se verificou um aumento de hospitalizações em países onde a prevalência da variante é alta, como a África do Sul ou do Reino Unido. Isto dá à variante a capacidade de exercer uma pressão preocupante sobre os sistemas de saúde.

A Ómicron está a espalhar-se rapidamente, mesmo nos países com elevados índices de imunização.

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