Portugal e África do Sul, fortemente afetados pela Covid-19, são dois dos países cujos cidadãos vão ficar, a partir deste sábado (30.01), proibidos de entrar na Alemanha.
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A decisão anunciada pela sexta-feira (29.01) pelo Governo alemão, e que numa primeira fase vigorará até 17 de fevereiro, obriga ao encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas a viajantes oriundos de Portugal, Reino Unido, Irlanda, Brasil e África do Sul, cinco países fortemente assolados pelo novo coronavírus.
A medida foi tomada, segundo Berlim, para "proteger a população" e "limitar a propagação das novas estirpes" da Covid-19, lê-se num documento do Ministério da Saúde alemão.
As restrições incluem, porém, várias exceções, nomeadamente para os alemães que vivam nos países a que diz respeito a nova decisão e para os residentes portugueses, britânicos, irlandeses, brasileiros e sul-africanos que residam na Alemanha, bem como os passageiros em trânsito ou ainda a circulação de mercadorias.
Entre as exceções figuram ainda os transportes por razões de saúde.
Portugueses proibidos de sair
Covid-19: Regras mais apertadas nos bancos da África do Sul
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Na quinta-feira, o Governo de Portugal proibiu a saída de portugueses do país, ficando interditadas deslocações para fora do território continental efetuadas por qualquer via, designadamente rodoviária, ferroviária, aérea, fluvial ou marítima.
O decreto nesse sentido foi publicado na sexta-feira em Diário da República, na medida legal que regulamenta o estado de emergência em Portugal.
Em Berlim, o Governo alemão indicou que impôs a proibição por sua própria iniciativa, independentemente da dos seus parceiros da União Europeia (UE), que ainda não chegaram a acordo sobre uma abordagem uniforme sobre a questão.
Também na quinta-feira, o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, indicou ser intenção de Berlim reduzir "ao mínimo" o tráfego aéreo internacional com destino à Alemanha face ao avanço da pandemia do novo coronavírus, tal como fez Israel.
Há vários meses que a entrada na Alemanha se tornou cada vez mais complicada para cerca de 160 países do mundo, em particular com a obrigação de apresentar um teste negativo feito menos de 48 horas antes ou logo após a chegada, seguido por "uma quarentena dissuasiva de 10 dias". No entanto, na maioria dos casos poderá ser encurtado para cinco dias após um segundo teste negativo.
Covid-19: Africanos criam máscaras em grande estilo
A máscara facial tornou-se um símbolo global na luta contra a Covid-19. Mas, para estilistas de África, as máscaras são mais do que um simples pedaço de tecido de proteção. Veja os melhores estilos do continente.
Foto: Reuters/L. Gnago
Máscaras para os mais novos
Um rapaz de Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim, está a usar um chapéu e uma máscara a condizer. Os dois produtos foram criados pelo estilista marfinense Arthur Bella N'guessan.
Foto: Reuters/L. Gnago
Máscaras doadas
Arthur Bella N'guessan também cria máscaras personalizadas que combinam com as roupas dos clientes. A sua produção diária de máscaras é de mais de mil por dia. O estilista oferece muitas delas gratuitamente.
Foto: Reuters/L. Gnago
Estilo de Lagos
Proteger-se a si e aos outros ao estilo de Lagos, na Nigéria: A influente estilista nigeriana Angel Obasi apresenta uma máscara facial vermelha e branca com roupa a condizer.
Foto: Reuters/T. Adelaja
Impressão clássica
Em muitos países africanos, a utilização de máscaras faciais em público foi exigida pelo Governo para combater a propagação da COVID-19. Designers e alfaiates de todo o continente têm estado a intensificar a produção para satisfazer a procura.
Foto: Reuters/L. Gnago
Integração no vestuário
Para estilistas como Sophie Zinga, fotografada na sua oficina em Dacar, capital do Senegal, a tarefa é clara: "Como estilista de moda penso que vamos ter de integrar cada roupa com máscaras de moda", diz.
Foto: Reuters/C. Van Der Perre
Cores vivas
Na capital da Nigéria, Abuja, as regras são simples: Quanto mais vistoso, melhor. Esta mulher está a mostrar a máscara rosa que está a usar com o seu hijab.
Foto: Reuters/A. Sotunde
Manequim a condizer
Um manequim na oficina do designer marfinense Arthur Bella N'guessan, com máscara e vestuário a condizer.
Foto: Reuters/L. Gnago
Estilo pessoal
Para os jovens "fashionistas" da Universidade de Lagos, na Nigéria, como Uche Helen, as máscaras feitas à medida são uma forma de chamar mais atenção.
Foto: Reuters/T. Adelaja
Artigos de luxo
Moda de alta-costura em África: Esta máscara usada pela estilista de moda nigeriana Sefiya Diejomoah está cravejada com joias de diamantes cintilantes. "Quando se sai com uma máscara com estilo, não parece que estamos a combater uma guerra", diz Diejomoah.
Foto: Reuters/T. Adelaja
Necessidade económica
Para muitos estilistas em África, a criação de equipamento de proteção, como máscaras, tem sido uma forma de manter o negócio, apesar da recessão económica.