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Covid-19: Como está a decorrer a vacinação nos PALOP?

Lusa | tms
29 de março de 2021

Moçambique começou a aplicar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Em Angola, mais de 100 mil pessoas já foram imunizadas. A DW reuniu informações sobre a vacinação nos PALOP.

Vacinação de profissionais de saúde em MaputoFoto: Romeu da Silva/DW

Em Moçambique, a administração da segunda dose da vacina contra o novo coronavírus arrancou esta segunda-feira (29.03) e deverá abranger mais de 60 mil profissionais de saúde, anunciaram as autoridades. 

"Apanhando as duas doses, a eficácia da vacina na proteção do indivíduo é máxima. Portanto, recomendo a todos os colegas irem rapidamente apanhar a segunda dose de acordo com o calendário proposto para cada um de nós", disse aos jornalistas Armindo Tiago, ministro da Saúde, após tomar a segunda dose da vacina. 

Além dos profissionais de saúde, serão também abrangidos idosos em lares, trabalhadores em morgues e coveiros - grupos que tomaram a primeira dose da vacina entre 8 e 12 de março, quando foi lançada a campanha de vacinação no país. 

Armindo Tiago, ministro da Saúde de Moçambique, recebeu a primeira dose da vacina no arranque da campanha (08.03)Foto: Romeu da Silva/DW

A administração da segunda dose da vacina, que arrancou esta segunda-feira, vai terminar na sexta-feira, 2 de abril. De acordo com as autoridades de saúde, até quinta-feira tinham recebido a primeira dose 84% das pessoas previstas, incluindo 54.102 profissionais de saúde do setor público de um total de cerca de 60 mil designados como prioritários. 

Moçambique recebeu até agora 200 mil vacinas da China. Outras 384 mil foram doadas no âmbito da iniciativa Covax e 100 mil, pela Índia. 

Guiné-Bissau

Entretanto, em Bissau, o secretário do Alto Comissariado para a Covid-19 da Guiné-Bissau, Plácido Cardoso, disse esta segunda-feira (29.03) que estão a ser criadas "todas as condições" para que a vacinação contra o novo coronavírus arranque oficialmente a 3 de abril.

"Todas as condições estão a ser criadas. Amanhã [terça-feira] vai começar a formação dos agentes de vacinação", anunciou o médico guineense, avançando que o início da vacinação começa a 2 de abril, com os profissionais de saúde, mas oficialmente a campanha só será lançada no dia seguinte.

Na semana passada (no dia 22.03), a Guiné-Bissau recebeu 12 mil doses de vacinas contra a Covid-19 no âmbito de uma parceria público-privada entre uma empresa de telecomunicações sul-africana e a União Africana. Esse montante deverá imunizar cerca de 6 mil profissionais de saúde.

O mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), já anunciou que a Guiné-Bissau vai receber 120 mil doses de vacinas da AstraZeneca até final de maio. 

Vacinação em AngolaFoto: Osvaldo Silva/AFP

Angola

Enquanto isso, em Luanda, o Governo angolano determinou que os profissionais de saúde que ainda não foram vacinados o façam até 7 de abril, nas províncias de Benguela, Cabinda e Luanda, e 14 de abril no Huambo e na Huíla.

Segundo um comunicado divulgado no fim de semana pelo gabinete da ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, devem ser imunizados os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, apoio hospitalar e administrativos), do setor público e privado e dos subsistemas de saúde militar e filantrópico, "a fim de se reduzir a contaminação da Covid-19, evitando casos novos no seio da classe".

Os diretores gerais dos hospitais centrais e institutos, diretores dos gabinetes provinciais da saúde e diretores municipais da saúde serão responsáveis por "fazer cumprir escrupulosamente" a determinação governamental.

Até sábado (27.03), Angola contava com 116.946 pessoas imunizadas desde o início da vacinação, no dia 2 de março.

Cabo Verde: Vacinação contra Covid-19 é "esperança"

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Cabo Verde

Por seu turno, Cabo Verde já aplicou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em mais de metade dos seus 4.200 profissionais de saúde, também já com as vacinas da AstraZeneca, disse à agência de notícias Lusa o diretor nacional de Saúde, na sexta-feira (26.03).

De acordo com Jorge Noel Barreto, até quarta-feira (24.03), já estavam vacinados 52% dos profissionais de saúde do país, entre o setor público e privado, num processo de vacinação que arrancou em todas as ilhas em 19 de março, inicialmente apenas com recurso às 5.850 doses da vacina fornecidas pela Pfizer.

O diretor nacional acrescentou que o grupo prioritário seguinte no plano de vacinação, pessoas com mais de 60 anos, já pode inscrever-se através de uma linha própria, para começar a ser vacinado nos próximos dias.

Além dos profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos, o Governo cabo-verdiano colocou nos grupos prioritários ainda os doentes crónicos, profissionais do turismo, professores, agentes da Polícia Nacional, Forças Armadas e elementos do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, estimando-se a necessidade de 267.293 doses da vacina.

Covid-19: Vacinação arranca em São Tomé e Príncipe

02:09

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Cabo Verde recebeu 24 mil doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca em 12 de março e 5.850 da Pfizer dois dias depois, assumindo o Governo a meta de vacinar 70% da população até final do ano. As doses já recebidas em Cabo Verde inserem-se num total de 108 mil a fornecer pela AstraZeneca ao abrigo da Covax.

São Tomé e Príncipe

Em São Tomé, a campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início no dia 15 de março, com o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, o Presidente da República, Evaristo Carvalho, os ministros da Saúde e dos Negócios Estrangeiros, o presidente do Governo regional do Príncipe e os representantes do sistema das Nações Unidas, da OMS e da Unicef a serem os primeiros vacinados. 

Cerca de 3% da população são-tomense deve ser imunizada nesta primeira fase da campanha de vacinação, que está a decorrer com 24 mil doses de vacina da AstraZeneca. São esperadas para abril mais 24 mil doses da vacina, estando previstas outras 48 mil doses em maio próximo, totalizando 96 mil doses prometidas pela Covax.

Covid-19: Alemanha quer ajudar a levar a vacina para África

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