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Dois mortos em tumultos no Niassa por causa de restrições

Lusa
26 de maio de 2020

Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas depois de as autoridades interromperem a celebração do fim do Ramadão devido às restrições do estado de emergência em Moçambique, divulgou a polícia.

Foto: DW/M. David

O incidente ocorreu na segunda-feira, quando cerca de 200 pessoas tentaram vandalizar um posto da polícia em Lichinga, capital provincial, após as autoridades terem proibido o grupo de celebrar o fim do Ramadão numa mesquita local em cumprimento das regras do estado de emergência, disse esta terça-feira (26.05) Alves Mathe, porta-voz da polícia moçambicana no Niassa, norte de Moçambique, à agência de notícias Lusa.

"Na tentativa de vandalizar o posto, a polícia foi obrigada a efetuar disparos para o ar e cinco pessoas foram atingidas por balas perdidas", tendo resultado em dois óbitos, afirmou o porta-voz.

As vítimas perderam a vida no Hospital Provincial de Lichinga. Além dos dois óbitos, outras três pessoas foram feridas por balas e uma ficou ferida durante os tumultos.

"Infelizmente, os crentes partiram para cima da polícia com tudo o que tinham, pedras e outros instrumentos", disse Alves Mathe.

Segundo o porta-voz da polícia, durante a confusão no posto policial, um outro grupo, supostamente encabeçado pelo líder de uma mesquita local, incendiou a casa de um régulo da região por motivos ainda desconhecidos.