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SaúdeCabo Verde

Cabo Verde lança "Certificado Covid"

Lusa
2 de agosto de 2021

A ilha de Santiago está com atrasos no calendário de imunização. A partir de setembro, acesso a bares e restaurantes será limitado a apresentação do "Certificado Covid", que comprova vacinação ou teste negativo.

Foto: Siphiwe Sibeko/AP Photo/picture alliance

Durante o lançamento da plataforma "Certificado Covid", esta segunda-feira (02.08), o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e representantes de partidos políticos apelaram à adesão da população à campanha de vacinação contra a Covid-19. A ilha de Santiago é a que está com o processo de imunização mais atrasado. "Há muita coisa aqui em jogo. Não é só a nossa parte individual", declarou o primeiro-ministro.

A nova plataforma "Certificado Covid" é apontada pelo Governo como forma de "preservar a estabilidade da situação epidemiológica, de alavancar o processo de retoma da vida social, de recuperação económica e dos empregos", bem como "incentivar a adesão ao processo de vacinação".

Segundo Correia e Silva, 41% da população adulta do arquipélago já foi vacinada com pelo menos uma dose de uma das vacinas contra a Covid-19. Em três concelhos já foi ultrapassada a marca de 70%, definida como meta nacional para ser atingida antes do final do ano.

Contudo, apontou que em Santiago, a ilha mais populosa do país, a taxa de vacinação está muito baixa, o que influencia o objetivo de atingir a imunidade de grupo nacional e permitir a recuperação económica.

Retorno das atividades económicas depende da vacinação

O chefe do Governo anunciou que dentro de dias avançará uma "grande ação de mobilização" de vacinação para que às atividades de lazer voltem aos poucos a normalidade. O alvo do Governo também é a volta das atividades turísticas, já que essas representam 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde. Apesar disso, o político considera que há “uma tendência muito positiva em relação à gestão da pandemia de Covid-19. Os números estão a baixar de uma forma consistente", disse.

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Segundo os dados revelados nesta terça-feira (02.08) pelo diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, a taxa nacional de incidência acumulada da Covid-19 a 14 dias caiu para 90 casos por 100 mil habitantes. No pico da pandemia, em maio, Cabo Verde ultrapassou os 700 casos.

Barreto acrescentou ainda que já foram vacinadas contra a Covid-19, com pelo menos a primeira dose, mais de 153 mil pessoas.

Novo documento para acessar estabelecimentos

A começar de setembro, em Cabo Verde será obrigatória a apresentação do "Certificado Covid-19" em restaurantes, discotecas e outros estabelecimentos a partir das 19:00 de sexta-feira, bem como ao sábado, domingo e véspera de feriado. Trata-se de um documento, em formato digital ou papel, replicando integralmente o modelo utilizado pelos países da União Europeia. O “Certificado” confirma um teste (PCR ou antigénio) com resultado negativo à covid-19, a recuperação da doença ou de pelo menos a primeira dose de uma vacina reconhecida pelas autoridades de saúde cabo-verdianas.

A autenticidade será verificada através da leitura do respetivo 'QR code' ou manualmente, através de uma plataforma eletrónica - ou que sejam portadores de teste negativo.

Cabo Verde estava em situação de calamidade desde abril. Este é o nível mais grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Proteção Civil. Hoje, o arquipélago se encontra em situação de contingência, conforme a mesma resolução, que é válida até 30 de setembro, mas sujeita a avaliação regular da evolução da pandemia.

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