Covid-19 em Moçambique: 646 detidos por desobediência
20 de julho de 2021"A polícia tem constatado com bastante inquietação a deliberada, flagrante e recorrente violação das medidas de prevenção da pandemia de covid-19 na vigência da situação de calamidade pública", disse Orlando Modumane, porta-voz do comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Segundo o porta-voz, entre outras razões, a maioria das detenções ocorreu devido ao consumo de bebidas alcoólicas, realização de eventos sociais ilegalmente e circulação massiva de pessoas fora do horário determinado e sem justificação relevante.
"Se os cidadãos contribuíssem no cumprimento das medidas de prevenção da Covid-19, ninguém seria detido", referiu Orlando Modumane.
Agravamentos das restrições
Na quinta-feira passada (15.07), o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou um agravamento das restrições para prevenção da doença, devido ao avançar da terceira vaga, caracterizada por um aumento do número de casos, óbitos e internamentos.
As medidas anunciadas para vigorar durante 30 dias a partir de sábado incluem a proibição de todos os eventos sociais, mesmo os privados, redução significativa de horários do comércio, suspensão do ensino pré-escolar em todo o país e das aulas presenciais nos restantes níveis de ensino em Maputo (área metropolitana), Xai Xai, Inhambane, Beira, Chimoio, Tete e Dondo.
O início do recolher obrigatório noturno recua das 22:00 para as 21:00 e aplica-se a todas as cidades e vilas.
Desde o anúncio do primeiro caso, em março do último ano, Moçambique conta com um total de 1.138 óbitos devido à covid-19 e 100.785 infeções, 76% das quais recuperadas, segundo as últimas atualizações.