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Covid-19: Estado de emergência renovado na Guiné-Bissau

Lusa
11 de abril de 2020

O general Umaro Sissoco Embaló explica que decidiu prolongar o estado de emergência no país, até 26 de abril, porque a "situação piorou". Sissoco tinha declarado estado de emergência de 27 de março a 11 de abril.

Guinea-Bissau Coronavirus Ausnahmezustand
Foto: DW/B. Darame

Através do decreto presidencial n°8 divulgado sábado (11.04), o general Umaro Sissoco Embaló, que preside atualmente a Guiné-Bissau, anunciou a renovação do estado de emergência, justificando que a situação da pandemia piorou no país.

"Decorridos 15 dias [do estado de emergência], a situação piorou…Somos obrigados a ponderar e requalificar as medidas adotadas, prorrogar a maior delas é adequar outras às circunstâncias atuais”, lê-se no decreto presidencial a que a DW África teve acesso.

O general Umaro Sissoco Embaló tinha declarado estado de emergência na Guiné-Bissau a 27 de março, prazo que terminava neste sábado.

"É renovada a declaração do estado de emergência em todo o território nacional, com fundamento na verificação de uma continuada situação de calamidade pública. A presente renovação do estado de emergência tem a duração de 15 dias, renováveis”, refere o decreto, salientando que o Governo deve adotar medidas concretas para a aplicação do estado de emergência e para respeitar os limites impostos pela Constituição..

De acordo com as autoridades guineenses o estado de emergência entra em vigor às 00:00 do dia 12 de abril e termina às 24:00 horas do dia 26 do corrente mês. 

Embaló pede para não politizar novo coronavírus

Entretanto, numa mensagem à Nação, Umaro Sissoco Embaló pediu a todos os atores guineenses para não politizarem o novo coronavírus. "Este é o momento de fazer luta humanitária juntos, para salvar vidas humanas, e não é o momento de fazer lutas políticas", afirmou o general, salientando que acredita que, juntos, os guineenses vão vencer o desafio.

Foto: DW/B. Darame

Umaro Sissoco Embaló exortou também os guineenses para continuarem a respeitar as "recomendações das autoridades sanitárias e as medidas tomadas pelo Governo para conter a propagação do vírus".

Sublinhando ter noção de que são pedidos "grandes esforços" a pessoas que vivem em "condições adversas" e que foram impostas "restrições muito duras", o general sublinhou que aquelas são "necessárias para combater o perigo latente", tendo em conta as "precárias condições sanitárias do país".

Na mensagem, Umaro Sissoco Embaló agradeceu às equipas médicas, às forças de defesa e segurança e à "solidariedade internacional traduzida em ajuda humanitária vinda de todos os quadrantes do mundo" através do apoio dos parceiros internacionais.

Novos casos confirmados

A Guiné-Bissau registou mais um novo caso de infeçãocom o novo coronavírus, elevando para 39 o número de pessoas infetadas no país, anunciaram as autoridades de saúde guineenses.

Segundo o médico Tumane Baldé, do Centro Operacional de Emergência em Saúde, das últimas análises realizadas uma deu positivo, elevando para 39 os casos registados. "Trata-se de uma mulher de 45 anos da cidade de Canchungo", especificou Tumane Baldé.

"A mensagem que mandamos aos nossos cidadãos é para fazerem um esforço e ficarem em casa e ouvirem as recomendações das autoridades de saúde. Saíam de casa só para o indispensável e utilizem máscara", salientou Tumane Baldé.

O médico pediu também aos guineenses para serem solidários uns com os outros e que o Governo vai ajudar as famílias mais carenciadas.

No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o estado de emergência, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.

Uma das restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais.

Guiné-Bissau: Restrições para travar a Covid-19

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