Covid-19: Presidente guineense renova estado de emergência
Lusa | kg
26 de abril de 2020
Umaro Sissoco Embaló prolongou o estado de emergência na Guiné-Bissau por um período de 15 dias, até 11 de maio. Presidente guineense diz que "ainda não está em condições de afirmar ter o controlo de toda a situação".
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O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, renovou o estado de emergência devido à pandemia do novo coronavírus até 11 de maio, anunciou o Governo guineense este domingo (26.04).
"A renovação do estado de emergência tem a duração de 15 dias, iniciando-se às 00:00 do dia 27 de abril de 2020 e cessando às 00:00 de 11 de maio de 2020", refere o decreto presidencial.
O Presidente guineense justifica a decisão de prolongar por mais duas semanas o estado de emergência no país por considerar que a Guiné-Bissau "ainda não está em condições de afirmar ter o controlo de toda a situação".
Um "pequeno" grande cientista da Guiné-Bissau
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"Por isso, para que o esforço e sacrifício coletivo consentidos nos últimos 30 dias continuem a ter os efeitos desejados, há que continuar a adotar algumas medidas restritivas de direitos, liberdades e garantias fundamentais, na medida do estritamente necessário para prevenção e combate à Covid-19", diz o documento.
A Guiné-Bissau tem 52 infeções pelo novo coronavírus, três das quais já foram dadas como curadas. Não há registo de mortes. No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram as fronteiras, bem como serviços não essenciais, incluindo restaurantes, bares, discotecas e locais de culto religioso.
Foram também impostas medidas de restrição de circulação, que só autorizam as pessoas a sair de casa entre as 07:00 e as 12:00 para abastecimento de bens essenciais. O estado de emergência foi declarado pela primeira vez na Guiné-Bissau em 28 de março.
Houve denúncias de violência policial. Em declarações à DW, o porta-voz do comissariado geral da Polícia de Ordem Pública guineense, Salvador Soares, afirmou que as pessoas que infringiram as medidas de prevenção decretadas pelas autoridades governamentais são sujeitas apenas a uma detenção temporária.
Onde se podem esconder os coronavírus
Vírus por toda parte: nos alimentos, no pacote do correio, até no próprio cão de estimação? O Departamento de Avaliação de Risco da Alemanha esclarece o que se sabe sobre o coronavírus.
Foto: picture-alliance/dpa/Jagadeesh Nv
Animais silvestres são tabu
Há fortes indícios de o coronavírus ter sido transmitido inicialmente aos seres humanos por um morcego. O animal, porém, não teve qualquer culpa: ele foi possivelmente servido como iguaria. E agora os seres humanos amargam a "maldição do morcego que virou sopa"... Um efeito positivo do surto de covid-19 é a China ter proibido o consumo de carne de animais selvagens.
Foto: picture-alliance/Photoshot/H. Huan
Maçanetas contaminadas
Os coronavírus conhecidos permanecem infecciosos em superfícies como maçanetas por quatro a cinco dias, em média. Os especialistas partem do princípio que os conhecimentos sobre as variedades já estudadas se aplicam ao novo coronavírus. Assim, como todas as infecções por gotículas, também este novo coronavírus Sars-CoV-2 muito provavelmente propaga-se por mãos e superfícies tocadas com frequência.
Em princípio, os coronavírus contaminam pratos ou talheres se alguém infectado espirra ou tosse diretamente neles. Por isso é necessário certo cuidado durante o almoço no refeitório do trabalho. No entanto, o Departamento Federal alemão de Avaliação de Riscos (Bundesinstitut für Risikobewertung - BfR) enfatiza que "até agora não se sabe de infecções com o Sars-CoV-2 por esse meio de transmissão".
Foto: picture-alliance/dpa/Jagadeesh Nv
Medo de produtos importados?
Até o momento não há nenhum caso em que o coronvírus foi transmitido através de produtos importados. Os estudos sugerem que o novo coronavírus seja relativamente instável em termos ambientais: os patógenos permaneceriam infecciosos durante vários dias sobretudo a temperaturas baixas e alta humidade atmosférica. Mas segundo o BfR, pais não precisam temer contágio através de brinquedos importados.
Foto: Ivivse/Karin Banduhn
Vírus pelo correio?
Em geral, os coronavírus humanos não são especialmente resistentes sobre superfícies secas. Como a sua estabilidade fora do organismo humano depende de diversos fatores ambientais, como temperatura e humidade, o BfR considera "improvável" um contágio por encomendas de correio – embora ressalvando ainda não haver dados mais precisos sobre o Sars-CoV-2.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Weller
Legumes e frutas do mercado
Igualmente improvável é a transmissão do coronavírus Sars-CoV-2 através de alimentos contaminados, na avaliação do BfR. Não são conhecidos casos comprovados. Mas lavar cuidadosamente as mãos antes de preparar a refeição é mandatório nos tempos da covid-19. Como os vírus são sensíveis ao calor, aquecer os alimentos pode reduzir ainda mais o risco de contágio.
Foto: DW/M. Mueia
Longa vida no gelo
Embora os coronavírus conhecidos até ao presente reajam mal ao calor, eles são bastantes resistentes ao frio, permanecendo infecciosos a -20 ºC por até dois anos. Também aqui, contudo, não há qualquer indício de cadeias infecciosas do Sars-CoV-2 por meio do consumo de alimentos, mesmo supercongelados.
Foto: DW/J. Beck
Pingue-pongue entre cães e os donos?
Também o risco de contaminação de animais domésticos é considerado muito baixo pelos especialistas, embora não o descartem. Os próprios animais não apresentam sintomas patológicos. Caso infectados, contudo, é possível transmitirem o coronavírus pelas vias respiratórias ou excrementos.