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Covid-19: Presidente Moçambicano mantém medidas restritivas

20 de dezembro de 2021

Animado pela adesão à campanha de vacinação e aos poucos internamentos, Filipe Nyusi mantém medidas do decreto anterior sobre a prevenção da Covid-19. Presidente avisou que, se necessário, poderá tomar medidas drásticas.

Mosambik Pemba | Filipe Nyusi
Foto: DW

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, manteve as medidas de prevenção da Covid-19 do anterior decreto (86/2021), tomadas em outubro passado, por mais 30 dias. A adesão à vacinação e o baixo índice de internamentos nos hospitais estão por detrás da manutenção das medidas de prevenção do novo coronavírus até o dia 19 de janeiro de 2022.

Nyusi anunciou ainda a intensificação das medidas de controlo e fiscalização a todos os níveis.

Mas o chefe de Estado alerta que se "pisarmos a linha vermelha, medidas drásticas deverão ser tomadas para salvar a vida dos moçambicanos".

"As medidas que hoje anunciamos poderão ser agravadas a qualquer momento em função do eventual agravamento a redução de indicadores. Portanto, estamos a atentos e estamos a monitorar a base diária e a qualquer momento podemos dizer que está mal, pode ser dentro de uma semana ou 15 dias, ou está bem. Sabem que não podemos repetir o cenário dramático que tivemos na segunda e terceira vagas," ponderou.

Vacinação em Inhambane, sul de MoçambiqueFoto: Luciano da Conceicao/DW

Vacinação

O Presidente Nyusi destacou o processo de vacinação tendo apelado a maior adesão ao processo pois, segundo promessas do Presidente, os não vacinados poderão ser condicionados a alguns serviços.

"Num futuro próximo poderemos, isso afirmo, condicionar quem não vacinou a frequentar determinados locais e ou a beneficiar de determinados serviços públicos essenciais. Estou a dizer do mesmo modo, os vacinados terão tratamento preferencial a acesso aos serviços nos locais definidos," declarou Nyusi.

Na sua comunicação à nação, o Presidente moçambicano disse não haver razões para se cometer mais erros porque o país já aprendeu muito com a pandemia. 

"Já não somos meninos para essa coisa, já estamos na quarta geração do raciocínio ou da vida e experiência, portanto não somos muito autorizados a cometer erros fatais, aqueles que nem sequer cometemos quando não tínhamos a experiencia," avaliou.

Nyusi suspendeu o recolher obrigatório que começava à meia noite apenas nos dias 24 e 31 de dezembro para dar lugar aos festejos do natal e do fim do ano, "para permitir que as famílias possam celebrar estes momentos em comunhão".

Praias fechadas

Em relação às praias, que há muito os operadores de turismo pediram a sua reabertura, o Presidente da República não abriu mão. Em novembro, o responsável pelo pelouro do turismo na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Momed Abdula, queixou-se do encerramento e apresentou contra-propostas para não deixar morrer o setor:

"Nós queremos que o Governo arranje formas de conseguir manter as praias abertas para turistas, numa primeira fase até isto melhorar e sem aglomerações. Por exemplo, nós sabemos que as aglomerações são aos fins de semana. Talvez então deixamos as praias fechadas aos fins de semana e abrirmos durante a semana", disse.

Manutenção do decreto 86/2021

Filipe Nyusi relatou um conjunto de fatores, para anunciar a manutenção do decreto 86/2021 por mais 30 dias - a entrar em vigor a partir da meia noite de 21.12 até 19 de janeiro de 2022.

Segundo o Presidente para tomar esta decisão, levou-se em conta: que o país encontra-se no nível 3 de alerta, a disseminação da variante Ómicron, o aumento da transmissão em vários países vizinhos, a necessidade de consolidar os ganhos alcançados, o facto de que a cobertura atual da vacinação ainda não é completa, entre outros fatores.

Além da manutenção do recolher obrigatório, o Presidente ressaltou que ficam vedadas as vistas aos reclusos e reduzido de duas para uma por dia o número de visitas aos doentes internados em hospitais.

*Artigo atualizado às 15:07 horas locais na Alemanha

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