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Bissau: Greve de técnicos para exigir pagamento de subsídios

Lusa | ms
5 de fevereiro de 2021

Grupo de técnicos que combatem a Covid-19 paralisam a partir de hoje serviços de rastreio e assistência aos doentes por falta de pagamento de subsídios. Garantem apenas os serviços mínimos em dois hospitais de Bissau.

Krankenhaus in Bissau
Foto: Gilberto Fontes

"Tentamos, desde 15 de janeiro, um encontro de trabalho com a alta-comissária para a Covid-19 [a ex-ministra da Saúde guineense Magda Robalo] e que não surtiu efeito. Na última sexta-feira demos entrada com uma nota de paralisação", anunciou, em conferência de imprensa, Undiga Mendes, coordenador do coletivo constituído por diferentes profissionais dos serviços da Saúde Pública guineense.  

A paralisação só será levantada com o pagamento total de sete meses de "subsídio de risco" aos técnicos que combatem a doença no interior da Guiné-Bissau, e seis meses aos profissionais da capital, Bissau.  

Os trabalhadores apenas pretendem garantir os serviços mínimos no centro de tratamento e internamento de doentes com Covid-19 no Hospital Nacional Simão Mendes e no Hospital de Cumura, que pertence à igreja católica, ambos em Bissau.

Aumento de casos

A greve dos profissionais de saúde ocorre numa altura em que aumentam os casos de infeção pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau.

De acordo com o mais recente boletim diário do Alto-Comissariado para o combate à doença, foram registados na quarta-feira (03.02) mais 31 novos casos positivos, o que perfaz 222 casos ativos no país.

Desde que a doença foi declarada no passado mês de março, a Guiné-Bissau já acumulou 2.692 casos de Covid-19.

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