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Covid-19: Presidente guineense decreta estado de calamidade

Lusa
23 de janeiro de 2021

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, decretou neste sábado (23.01) estado de calamidade por um período de 30 dias e avisa que a situação poderá ser alterada "a qualquer momento", se assim o exigir.

Guinea-Bissau Hauptstraße in Bissau
Foto: DW/B. Darame

Na Guiné-Bissau, estão restritos alguns direitos, liberdades e garantias de todos os cidadãos nacionais e estrangeiros que se encontrem no país, segundo diploma a que agência de notícias Lusa informa ter tido acesso neste sábado (23.01).

A medida, refere ainda o decreto presidencial de Umaro Sissoco Embaló, é a resposta do país perante o aumento de casos de infeção pela Covid-19 perante a ameaça do surgimento de uma nova estirpe do vírus da qual o país não terá condições de lutar.

"Com o efeito, está cientificamente comprovado o surgimento de novas estirpes mais contagiosas e mortíferas, e a fraca capacidade da estrutura sanitária do país, como fatores que não podem ser perdidos de vista nas decisões a serem tomadas de combate à Covid-19", destaca o decreto presidencial.

O documento frisa ainda que perante a situação, as autoridades viram-se obrigadas a mudar o estado de alerta que vigorava desde dezembro para retornar ao de calamidade à saúde pública que já tinha sido declarado entre setembro e dezembro de 2020.

Entre as medidas de restrições impostas agora com o novo estado de calamidade, figuram a obrigatoriedade de uso de máscaras faciais na via pública e nos serviços, apresentação de teste negativo à Covid-19 na entrada ao país, proibição de desporto coletivo e de atividades sociais, políticas e religiosas com mais de 20 pessoas.

Em funerais, só será permitida a presença de um máximo de 50 pessoas, que devem permanecer a uma distância de pelo menos um metro. É exigida a todos o uso de máscaras faciais.

Ao abrigo do estado de calamidade pública as escolas em Bissau não terão aulas e o Carnaval, a maior festa popular do país, que deveria ocorrer em fevereiro, foi anulado.

O decreto presidencial sustenta as medidas com o facto de o país ter voltado a sentir "um forte abalo com um aumento substancial do número de novos casos" de infeção pela Covid-19.

Na semana entre 11 e 17 de janeiro, o Alto Comissariado para o combate à Covid-19 referiu que foram registados 31 novos casos de infeção o que perfaz um total acumulado de 2.517 casos desde que foram detetadas as primeiras infeções no país, em março de 2020.

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