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Covid-19: UA discute estratégia para promover a vacinação

com agências
19 de dezembro de 2021

A União Africana (UA), com o seu Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, vai realizar uma reunião, dia 20 de dezembro, em Adis Abeba, para discutir a "estratégia de resposta adaptada à covid-19".

Südafrika Omicron Impfkampagne
Foto: Jerome Delay/AP Photo/picture alliance

Terá como temas a situação da vacinação contra a covid-19 em África - as estratégias para aumentar a aceitação da vacina e possíveis parcerias para facilitar a adesão à mesma - , a necessidade de aumento de testes para monitorizar a situação da pandemia, e a preocupação face a novas variantes, assim como as suas implicações políticas

A pandemia de covid-19 já provocou 225.591 mortos em África, onde foram registados 9.049.217 casos, dos quais 8.270.074 recuperaram da doença, segundo dados oficiais regionais hoje divulgados.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), na última semana o número de novos casos ultrapassou a barreira dos nove milhões.

Esta semana, tal como nas anteriores, as novas infeções dispararam principalmente em África, com um aumento de +57% de casos.

É de se salientar que a África do Sul atingiu um novo recorde de casos, com 26.976 infeções, poucas semanas após anunciar a descoberta da variante Ómicron, que semeou o pânico em todo o mundo.

O Essuatíni teve um aumento de +119% de casos, comparativamente à semana passada, reportando 1.100 casos diários. É o país que registou a maior aceleração da semana entre aqueles com pelo menos 1.000 infeções diárias.​​​​​​​

Falta vacinas

De momento, a África está dependente do mecanismo internacional Covax e das doações para vacinar a sua população.

O sistema Covax visa fornecer, este ano, vacinas a 20% da população em quase 200 países e territórios participantes.

O Covax inclui um mecanismo de financiamento que permite a 92 nações com níveis baixos e médios de desenvolvimento económico acederem às doses, e foi criado para tentar evitar que os países ricos detivessem em exclusivo as vacinas.

Foto: Jerome Delay/AP Photo/picture alliance

​​​​​​​Em 14 de dezembro foi anunciado, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que o continente africano poderá não atingir o objetivo de vacinar 70% da sua população de 1,3 mil milhões de habitantes contra a covid-19 até à segunda metade de 2024.

Enquanto alguns países mais ricos, motivados pelo aparecimento da nova variante, a Ómicron, decidiram permitir doses de reforço da vacina como resposta, menos de 8% da população africana recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19.

Apenas 20 dos 54 países africanos vacinaram completamente pelo menos 10% da sua população contra a covid-19, e 10 países vacinaram completamente menos de 2% da sua população.

No entanto, seis países - Cabo Verde, Maurícias, Botsuana, Marrocos, Seicheles e Tunísia - alcançaram 40% de cobertura, sendo que as Maurícias e Seicheles atingiram os 70%.

Covid-19: África corre para criar a sua própria vacina

02:22

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