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Cultura

Mais países celebram celebram Dia da Língua Portuguesa

Lusa
3 de maio de 2019

O Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, que se celebra este domingo (05.05), vai ser assinalado com iniciativas em 56 países, entre os quais Cuba, China e Rússia.

CPLP-Gipel
Foto: CPLP

O programa do Dia da Língua e Cultura da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre desde meados de abril e se prolonga até finais de maio, foi apresentado, em Lisboa, esta sexta-feira (03.05), pelo presidente do Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, Luís Faro Ramos.

"Temos previstas cerca de 190 iniciativas em 56 países. E os números estão a crescer a cada ano que passa, o que atesta a importância e o reconhecimento, por parte dos países, desta celebração da quinta língua mais falada no mundo", disse Luís Faro Ramos aos jornalistas.

As comemorações do Dia da Língua já arrancaram. Em Lisboa, terá lugar esta sexta-feira (03.05), uma sessão solene organizada pela CPLP, dedicada ao tema "A cultura e a aproximação dos povos da CPLP: realidades, desafios e perspetivas futuras". Já em Cuba, país com o qual Portugal comemora 100 anos de relações diplomáticas, o Dia da Língua é assinalado com teatro e um concerto de poesia e música por António Revez. 

Foco no cinema e literatura

Na apresentação da programação, o presidente do instituto Camões explicou que as iniciativas são "muito diversas", mas terão "enfoque nas áreas do cinema e da literatura", e destacou as celebrações previstas para a sede da UNESCO, em Paris, e para Cuba, China e Rússia, países com os quais Portugal celebra este ano aniversários de relações diplomáticas.

Dino Santiago participará nas celebrações do Dia da Língua Portuguesa organizadas pela UNESCOFoto: Christian Mateus

Na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP será marcado a 22 de maio com declamação de textos dos escritores Sophia de Mello Breyner e Germano Almeida, um espetáculo musical com Sterreossauro, Dino Santiago e Chullage e uma mesa-redonda com os humoristas Ricardo Araújo Pereira e Fary Lopes.

Na China, que este ano cumpre 40 anos de relações diplomáticas com Portugal, decorre até 05 de maio, em Xangai, a primeira edição da Mostra do Cinema em Língua Portuguesa, enquanto Macau promove um concurso de vídeo e uma festa do livro.

Na Rússia, país com o qual Portugal comemora 240 anos de relações diplomáticas, realizou-se a 23 de abril a Festa da Língua Portuguesa.

Cresce envolvimento dos países

Luís Faro Ramos apontou "o envolvimento cada vez maior" dos restantes países da CPLP nas comemorações deste dia, que se celebra há 10 anos.

"Portugal não é o proprietário da língua portuguesa. A língua portuguesa é falada por mais de 270 milhões de pessoas em todos os continentes e há um envolvimento progressivo dos outros países da CPLP", disse. 

Foto: DW/J. Carlos

Por seu lado, a secretária de Estado da Cooperação, Teresa Ribeiro, também presente na sessão de apresentação, referiu várias medidas de promoção da língua portuguesa, destacando, entre outras, a multiplicação de centros culturais e a aposta na criação de Escolas Portuguesas no estrangeiro, a integração curricular nos sistemas educativos de vários países ou o apoio a programas para promover os setores culturais dos países lusófonos africanos.

"Temos uma constelação rica de medidas que vai acrescentando coerência e valorizando a intervenção pública nos domínios da língua e da cultura. Importará continuar este percurso de conjugação de esforços", disse, assinalando a importância de envolver também a iniciativa privada.

Para Teresa Ribeiro, a língua portuguesa "conhece atualmente uma circunstância particularmente favorável à sua expansão" potenciada evolução demográfica nos países lusófonos [exceto Portugal], nomeadamente em África, pela "revolução tecnológica e a vulgarização dos meios digitais" e pela globalização dos "tropismos da geoeconomia" que tornam "especialmente atrativos" países que falam Português. Mas, alertou a governante, "não basta confiar na inércia positiva propiciada por um contexto auspicioso".

"É crucial colocá-la [a língua portuguesa] no centro das políticas públicas", acrescentou.

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