Crianças soterradas após desabamento de edifício na Nigéria
EFE
13 de março de 2019
Mais de 100 crianças ficaram soterradas devido ao desabamento de um edifício de três andares que abrigava uma escola de educação básica, em Lagos, segundo o Governo regional.
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As equipas de socorro tentam resgatar as vítimas, mas teme-se que haja muitos mortos porque as crianças estavam nas salas de aula quando aconteceu o desabamento, escreve a agência de notícias EFE.
"As operações da Unidade de Resgate do Estado de Lagos estão em andamento num edifício que desabou na área de Lagiaji, na ilha de Lagos", indicou, esta quarta-feira (13.03) o Governo deste estado, na rede social Twitter.
Trata-se de um edifício de três andares, que abrigava uma escola de ensino básico, situado na ilha de Lagos.
Uma testemunha da tragédia, Prince Adams, citado pelo jornal local "The Punch", disse que 10 alunos foram retirados escombros, sem precisar se estavam vivos ou mortos. Uma multidão juntou-se no local.
"É terrível. Os pais estão a chorar", declarou Adams ao jornal.
A imprensa local reportou que mais de cem crianças poderiam estar soterradas, enquanto alguns estudantes já foram levados para um hospital nas redondezas.
Akinbode Akinbiyi revela quotidiano de Lagos
Ele é um dos três vencedores de Medalha Goethe deste ano. O fotógrafo nigeriano Akinbode Akinbiyi retrata sua cidade natal, Lagos, em suas fotografias.
Foto: DW/U. Sommer
Lagos: Cidade mais populosa do continente
Mais de 18 milhões de pessoas vivem na megacidade Lagos. Quase nenhuma outra metrópole está a crescer tão rapidamente. Diariamente, mais pessoas vêm de todo o país para a capital económica da Nigéria, na esperança de encontrar trabalho e um futuro melhor. Colorida e impulsiva, suja e pobre, ambiciosa e apocalíptica - um microcosmo do continente africano.
Foto: Akinbode Akinbiyi
Cronista da mudança
Esta foto foi tirada por volta da virada do milénio - desde então, a cidade mudou dramaticamente. Os edifícios antigos da era colonial deram lugar a modernos arranha-céus de vidro e aço. Para criar mais espaço para corporações e a classe mais alta da Nigéria, a lagoa está sendo preenchida. Akin Akinbiyi capta essas alterações como um fotógrafo, sem julgar.
Foto: Akinbode Akinbiyi
Uma foto "urgente"
O que é uma fotografia "urgente"? Qual o seu enquadramento? Com frequência, Akinbode Akinbiyi opta por fragmentos da realidade. O que o espetador não vê: a placa indica um estabelecimento para tirar fotos de passaporte em Lagos. Removendo exatamente a loja, o fotógrafo confronta a si próprio - e a nós – com questões essenciais do processo fotográfico.
Foto: Akinbode Akinbiyi
"19 milhas até Lagos"
Desde que Akinbode Akinbiyi fez esta foto, no início dos anos 2000, a metrópole devorou os arredores. Lagos é uma das cidades mais caras de África. Para o fotógrafo, a designação de distância é também um símbolo da antiga potência colonial britânica, que ditou as unidades do país - e ignorou conceções africanas de espaço e tempo.
Foto: Akinbode Akinbiyi
Música, literatura, exílio
A lenda da música Abdullah Ibrahim deixou a África do Sul durante o Apartheid. Akinbiyi fotografou-o na livraria cultural Glendora, em Lagos. Na década de 1990, a empresa familiar trouxe à vida o "Glendora Review", um fórum para a livre troca de ideias durante a ditadura militar de Sani Abacha. Muitos intelectuais deixaram a Nigéria e, por meio da revista, mantinham contato com seu país.
Foto: Akinbode Akinbiyi
A ordem interna do caos
Fela Kuti, uma das maiores estrelas do pop africano, cantou-o em Go-Slow (ou "Siga Devagar", em português). O engarrafamento típico de Lagos era para ele uma metáfora para o colapso político e social de seu país. E, no entanto, no meio do aparentemente indissolúvel caos, sempre se vai diante. Akinbode Akinbiyi não é um afro-pessimista. Ele descobriu no caos uma ordem interior das coisas.
Foto: Akinbode Akinbiyi
Memória volátil
Akinbode Akinbiyi estudou literatura e descobriu a fotografia muito mais tarde. Fotografar, diz ele, significa "escrever com a luz". Suas fotos são cheias de poesia enigmática, como esta imagem da marina de Lagos. Ela lembra-o a sua infância - um paraíso perdido.
Foto: Akinbode Akinbiyi
Caminhar e questionar
Se questionar repetidamente, este é o lema de Akinbode Akinbiyi. Quase sempre ele está a pé. Akinbiyi nunca quer invadir a vida das pessoas ou violar sua privacidade. Quando fotografa com sua antiquada câmera analógica, ainda com filme, ele se move tão discretamente pelas ruas que, muitas vezes, passa despercebido.