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Daniel Chapo enaltece relações entre Moçambique e Portugal

4 de julho de 2025

Portugal e Moçambique querem aprofundar a cooperação, incluindo na área da defesa. E estão já a trabalhar na realização da sexta cimeira luso-moçambicana, foi anunciado durante a visita a Lisboa de Daniel Chapo.

Daniel Chapo e Luís Montenegro , no Palácio de São Bento, em Lisboa
Daniel Chapo manteve um encontro de trabalho com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, no Palácio de São Bento, em LisboaFoto: João Carlos/DW

O anúncio deste fórum ao mais alto nível foi feito esta quinta-feira (03.04) pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, naquela que é considerada a primeira visita oficial do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, a Portugal desde que foi eleito.

Moçambique quer ver mais reforçada a cooperação com Portugal, em todos os domínios e projetar o futuro. A sexta cimeira luso-moçambicana ao mais alto nível está já marcada para 8 e 9 de dezembro, provavelmente em Lisboa, precisamente com o objetivo de consolidar aquilo que o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, considera serem "relações excelentes” de cooperação avaliadas entre os dois países.

"Avaliamos o estágio atual da cooperação bilateral entre Portugal e Moçambique e concluímos que atravessamos um excelente momento da nossa cooperação consubstanciado por, entre outros motivos, na implementação de projetos acordados no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação 2022-2026", declarou Chapo.

Apoio de Portugal no combate ao terrorismo

Uma das áreas dessa cooperação é a defesa e segurança, como referiu Daniel Chapo. "O contínuo apoio de Portugal na formação de quadros moçambicanos aqui em Portugal na área da defesa e formação académica, em geral, para nós é um sinal inequívoco dessa excelente cooperação entre os dois países", ressaltou.

"A posição firme de Portugal no apoio a Moçambique no combate contra o terrorismo em Cabo Delgado, no acordo bilateral na área da defesa e segurança, mas também por via da União Europeia que apoia o Ruanda que está no terreno a lutar connosco contra o terrorismo é um sinal inequívoco das excelentes relações de amizade e de cooperação que existem entre os nossos dois países", acrescentou.

Anúncio da cimeira em dezembro foi feito esta quinta-feira (03.04) pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro (à direita), durante a visita a Lisboa do Presidente moçambicano, Daniel ChapoFoto: João Carlos/DW

Daniel Chapo falava aos jornalistas depois de um encontro de trabalho com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, esta quinta-feira (03.07), no Palácio de São Bento, na capital portuguesa.

"No caso concreto desta sexta cimeira, seguramente vamos desenvolver mais instrumentos de cooperação, mais instrumentos ao nível de várias áreas nas quais temos cooperado, que vão desde a área da saúde à educação, da mobilidade, até àquelas que têm sido áreas mais prementes nos últimos tempos como sejam, por exemplo, a segurança e defesa", revelou ainda.

Mais investimento empresarial

O reforço da cooperação visa também mais investimento empresarial, também a pensar nas reformas e na estabilidade em Moçambique, adiantou Montenegro. "Quero que as empresas portuguesas possam responder positivamente, que haja ainda mais investimento português em Moçambique."

É previsível também que na cimeira de dezembro esteja na agenda de trabalhos a conversão da dívida soberana moçambicana em projetos de economia verde. Chapo vê com bons olhos a proposta portuguesa de concessão de linhas de crédito que ajudem o país a recuperar as infraestruturas destruídas pelos ciclones naturais.

Daniel Chapo e a primeira-dama Gueta Chapo almoçaram em privado com o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de SousaFoto: João Carlos/DW

Pouco antes do encontro com Luís Montenegro, convidado a visitar Moçambique em datas a serem acordadas, Daniel Chapo almoçou em privado com o seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem também abordou vários temas da atualidade sem direito a declarações.  Entre os temas abordados está a situação política e social em Moçambique, "que está neste momento estabilizada", disse.

"Como é do conhecimento de todos, depois das eleições de 9 de outubro passado, tivemos alguma instabilidade que consistiu em manifestações violentas. Destruíram bens públicos e privados. E nós, neste momento, estamos a conduzir um diálogo com os partidos da oposição, com os candidatos concorrentes para um diálogo nacional e inclusivo", declarou Daniel Chapo.

O chefe de Estado disse existir um compromisso transformado em lei pela Assembleia da República e assegurou, em declarações aos jornalistas, que o diálogo vai continuar por Moçambique ser um país de direito democrático, onde o primado da lei é fundamental.

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