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Polícia moçambicana integra 36 oficiais da RENAMO

Lusa
15 de julho de 2022

Anúncio foi feito, esta sexta-feira, por André Magibire, que disse ainda acreditar que "atrasos nas pensões dos guerrilheiros já desmobilizados" poderão resolver-se em breve.

Mosambik Renamo Rebellen in den Bergen von Gorongosa
Foto: Jinty Jackson/AFP/Getty Images

Um total de 36 oficiais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) vão ser incorporados na unidade de proteção de altas individualidades da polícia moçambicana, no âmbito do processo de pacificação, anunciou, esta sexta-feira (15.07), o partido.

"É uma grande alegria ver 36 oficiais da polícia juntarem-se a outros 10" que já integram a unidade de proteção no âmbito do acordo de paz, disse André Magibire, secretário-geral do maior partido de oposição em Moçambique.

O responsável falava hoje, em Maputo, durante uma conferência de imprensa de apresentação dos antigos guerrilheiros da RENAMO.

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o presidente da RENAMO, Ossufo Momade, assinaram em agosto de 2019 o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, prevendo, entre outros aspetos, o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado do principal partido de oposição.

No âmbito do DDR, já foram desativadas 12 das 16 bases da RENAMO e 68% dos cerca de cinco mil guerrilheiros do partido já foram desmobilizados

André Magibire avançou que decorrem conversações com o Governo moçambicano visando resolver "todas as outras questões pendentes" no processo, entre as quais os atrasos das pensões dos guerrilheiros já desmobilizados, uma questão que tem sido recorrentemente levantada pelo partido.

"Os nossos combatentes não têm pensões até hoje, mas estamos a trabalhar arduamente e acreditamos que a breve trecho este problema estará ultrapassado", frisou. 

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