Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo para "uma nova rodada de negociações" visando a uma trégua em Gaza.

O Catar, o Egito e os Estados Unidos têm tentado intermediar um novo acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel em Gaza até o início do mês sagrado muçulmano do Ramadão, na próxima semana, mas uma série de negociações fracassadas diminuiu as esperanças.

Os negociadores estão a tentar garantir uma pausa de seis semanas, que permitiria a libertação de mais reféns israelitas e prisioneiros palestinianos, além de maior distribuição de ajuda.

Um funcionário do governo dos EUA avançou no sábado que Israel havia "mais ou menos aceitado"o acordo. Israel não comentou publicamente sobre o plano de trégua ou se participaria das negociações no Cairo.

Um representante do Hamas disse à agência de notícias AFP que se Israel atendesse às suas exigências, isso "abriria caminho para um acordo nas próximas 24 a 48 horas".

Hamas

O Hamas realizou ataques terroristas em Israel em 7 de outubro, que resultaram na morte de cerca de 1.200 pessoas e na tomada de cerca de 250 pessoas como reféns, das quais cerca de metade não foi libertada.

As autoridades de saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, afirmam que mais de 30 mil pessoas foram mortas na ofensiva de retaliação de Israel em Gaza.

Pelo menos onze pessoas morreram ontem em consequência de um ataque israelita perto de um hospital em Rafah, na Faixa de Gaza, onde estavam montadas tendas de civis deslocados, anunciou o Hamas.

Neste domingo, também o Papa Francisco pronunciou-se, afirmando que o desarmamento é um "dever moral" e apelou a um "acesso seguro" à ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza.