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Desemprego em Angola sobe quatro pontos percentuais

Lusa
15 de agosto de 2020

A taxa de desemprego no segundo trimestre de 2020 em Angola aumentou quatro pontos percentuais face ao período homólogo do ano passado, estimando-se em 32,7% e em cerca de 4,7 milhões de desempregados.

Angola Luanda Frederico Kariongo während Protest gegen Arbeitslosigkeit
Foto: DW/M. Luamba

Segundo o Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) referente ao segundo trimestre de 2020, a taxa de desemprego subiu quatro pontos percentuais face ao segundo trimestre do ano de 2019, registando-se um total de 4.737.747 desempregados.

O inquérito revelou que a taxa de desemprego "foi estimada em 32,7%, valor superior em 0,7 pontos percentuais ao do trimestre anterior (32,0%) e 4,0 pontos percentuais relativamente ao trimestre homólogo (28,7%)".

"No segundo trimestre de 2020, a taxa de desemprego da população com 15 ou mais anos aumentou em 0,7 pontos percentuais. A população desempregada com 15 ou mais anos aumentou em 0,05% comparativamente ao primeiro trimestre de 2020, correspondendo a um aumento de 2.290 pessoas", destacou a nota divulgada na sexta-feira (15.08).

O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola divulgou ainda que a população inativa com 15 ou mais anos aumentou 14,3% (257.350 pessoas) relativamente aos primeiros três meses do ano.

O relatório explicou também que devido à pandemia de covid-19, 2,7% da população empregada esteve ausente no trabalho no segundo trimestre de 2020, o que representou 266.265 pessoas de um total de 9.751.457.

Impacto da Covid-19 deixa marcas

Desemprego em Angola sobe quatro pontos percentuais no segundo trimestre face a igual período de 2019.Foto: DW/M. Luamba

A nota realçou que "os indicadores sobre o mercado de trabalho mostram algumas evidências marcadas pelo impacto da pandemia de covid-19”.

"Na atual situação, pessoas nos trimestres anteriores classificadas como desempregadas e pessoas que efetivamente perderam o seu emprego devido à pandemia podem, neste trimestre, ser classificadas como inativas. A não disponibilidade para começar a trabalhar, por motivos relacionados com a pandemia, pode levar ao acréscimo da população inativa", assinalou.

Segundo os indicadores do inquérito, "de igual modo, pessoas anteriormente classificadas como empregadas podem atualmente ser consideradas como desempregadas ou inativas”.

"Assim, a diminuição trimestral da população empregada e o aumento da população desempregada, observadas no segundo trimestre de 2020 (apesar da recolha apenas cobrir os meses de maio e junho, a amostra é representativa a nível nacional), podem ser parcialmente explicadas por este contexto e refletiram-se na diminuição da população ativa e no aumento da população inativa", apontou.

O INE de Angola revelou que apesar da situação de pandemia fará "todos os esforços para manter a produção e divulgação trimestral dos dados” e espera divulgar a próxima edição, referente ao terceiro trimestre de 2020, no final de outubro.

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