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Desemprego na Namíbia supera 50% e estimula criatividade laboral

8 de novembro de 2011

Desempregados na Namíbia ultrapassam os 51%. Especialistas sugerem medidas que estimulem o nascimento de micro e pequenas empresas para combater o problema. Organização arranja empregos diários para centenas de membros.

Membros da organização "Men on the Side of the Road" procuram diariamente emprego, em Windhoek, NamibiaFoto: DW/B.Moll

Na Namíbia, onde a taxa de desemprego ronda os 51%, alguns especialistas sublinham que o combate a este flagelo só será bem-sucedido através de medidas que dinamizem a criação de autoemprego e estimulem o nascimento de micro e pequenas empresas.

A diretora da ‘Homens na Beira da Estrada’, Janet Wicks lamenta não poder fazer mais para ajudar a mudar o panorama do emprego na Namíbia. “Os nossos membros – diz Wicks - passam nove a dez horas à procura de emprego todos os dias, o que eu considero ser uma procura de emprego passiva".

Por este motivo, para além dos planos de expansão, a diretora da organização oferece cursos de formação profissional de acordo com as necessidades de cada um, incluindo conhecimentos básicos de computadores.

A organização "Men on the Side of the Road" (Homens na Beira da Estrada) estima que cerca de 1500 trabalhadores procuram diariamente emprego na capital do país, Windhoek. No entanto, o facto de não terem qualificações profissionais reduz drasticamente a possibilidade de obterem emprego, refere a organização que, por esse motivo se especializou num nicho de mercado: encontrar trabalho para desempregados mas numa base diária.

Amutenya Simon combate o desemprego com tarefas avulsas, todos os diasFoto: DW/B.Moll

Um caso bem sucedido

A "Men on the Side of the Road", aponta o exemplo de Amutenya Simon que há três anos perdeu o emprego numa firma de construção. Desde que se tornou membro da organização, o seu cartão atesta que ele já trabalhou como eletricista, artesão. Este atestado de experiencia e de competências dá alguma confiança aos empregadores, diz a organização que tem 600 membros na capital e planeia expandir para outras cidades.

Outro dos trabalhos que conseguiu num determinado dia, juntamente outros desempregados, foi o de limpar o jardim de um cliente num luxuoso bairro de Windhoek. “Sinto-me bem, porque consegui este trabalho hoje. Todos os trabalhos trazem-me algum dinheiro,” disse Simon. A tarefa rendeu-lhe 100 dólares namibianos, cerca de 10 euros.

Autor: Sybille Moldzio /Glória Sousa
Edição: Pedro Varanda de Castro / António Rocha

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