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PolíticaEstados Unidos

Despesa militar mundial atingiu "máximo histórico" em 2022

Lusa
24 de abril de 2023

A despesa militar atingiu em 2022, a nível mundial, um "valor máximo histórico" de 2.240 mil milhões de dólares. Investigador garante que seja um "sinal de que vivemos num mundo cada vez mais inseguro".

Japan Militärische Ausrüstung
Foto: Kiyoshi Ota/AP/picture alliance

A despesa militar atingiu em 2022, a nível mundial, um "valor máximo histórico" de 2.240 mil milhões de dólares (2.036 mil milhões de euros), revelou hoje (24.04) o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI).

Este valor representa 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, avançou o mesmo documento, indicando que os três países que mais gastaram em 2022 - - representaram 56% das despesas militares globais.

À escala mundial, trata-se do oitavo ano consecutivo de aumento do investimento no setor da Defesa.

Foto: Verteidigungsministerium Belarus

Mundo cada vez mais inseguro

"O aumento contínuo dos gastos militares globais nos últimos anos é um sinal de que vivemos num mundo cada vez mais inseguro. Os Estados estão a reforçar as suas forças militares em resposta à deterioração do ambiente de segurança, que não deverá melhorar num futuro próximo", alertou o investigador Nan Taian, do SIPRI, citado em comunicado.

De acordo com o relatório do SIPRI divulgado hoje, o maior aumento de despesas militares verificou-se na Europa Central e Ocidental (+13%) para um total de 313 mil milhões de euros, o que é considerado a maior subida em 30 anos, desde o fim da Guerra Fria, e que se deveu em grande parte à invasão militar russa da Ucrânia.

O instituto calcula que a Rússia gastou 86.400 milhões de dólares (cerca de 78.600 milhões de euros) em 2022, o que representa um aumento de 9,2% face ao ano anterior. O valor investido equivale a 4,1% do PIB russo.

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Guerra na Ucrânia

Já na Ucrânia, as despesas militares cifraram-se em 44.000 milhões de dólares (40.000 milhões de euros), o que significa um aumento de 640%, "o maior de um país em apenas um só ano, jamais registado pelo SIPRI".

"A invasão da Ucrânia teve um impacto imediato nas decisões sobre despesa militar na Europa Central e Ocidental, o que incluiu planos plurianuais por parte de vários Governos", afirmou Diego Lopes da Silva, investigador sénior no SIPRI, igualmente citado em comunicado.  

Maiores investidores

Os Estados Unidos continuam a liderar os países que mais investem em defesa militar, com 877 mil milhões de dólares (cerca de 797 mil milhões de euros) em 2022, o que representou 39% dos gastos totais mundiais.

Aquele valor é três vezes superior à despesa da China, o segundo país que mais gasta no setor militar.

De acordo com o SIPRI, Pequim investiu na ordem dos 292 mil milhões de dólares (mais de 265 mil milhões de euros), o que significa uma subida de 4,2% em relação a 2021 e de 63% em comparação com 2013.

As despesas militares da China têm aumentado durante 28 anos consecutivos.

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