Dois casos de Covid-19 em instituto de formação em Manica
2 de setembro de 2020Os dois formandos que testaram positivo para a Covid-19 são provenientes das províncias de Sofala e Nampula e neste momento estão a cumprir o isolamento num dos compartimentos do Instituto de Formação de Professores (IFP). Entretanto, aguardam-se os resultados de outras 49 amostras enviadas para laboratórios de referência da região.
As aulas estão suspensas durante um período de 14 dias, numa primeira fase, enquanto decorre a monitoria de outros formandos para que não haja focos de contaminação no recinto de formação de professores.
Aquando da entrada dos estudantes na primeira fase de retoma das aulas, a 18 de agosto, os formandos foram rastreados e nas amostras enviadas para laboratório foram detetados dois casos positivos, revelou a diretora dos Serviços Provinciais dos Assuntos Sociais, Esperança Tavede.
A primeira medida foi uma reunião com o corpo diretivo do IFP. "E de seguida a equipa seguiu o protocolo em casos de se registar casos positivos, que foi o isolamento dos dois estudantes e colheita de amostras dos contactos", explica Esperança Tavede.
Segundo a responsável pelos Assuntos Sociais, com os casos positivos diagnosticados no IFP, as medidas de prevenção foram reforçadas, como por exemplo a desinfeção de todos os apartamentos, refeitórios, salas, gabinetes e recinto, para além da monitoria dos formandos internos.
Segunda fase de alívio de restrições
Moçambique entrou esta terça-feira (01.09) na segunda fase do alívio das medidas restritivas com o retorno das atividades consideradas como de médio risco de infeção e propagação da pandemia de Covid-19.
Trata-se do retorno das aulas do ensino técnico-profissional e reabertura dos cinemas, salas de teatros, casinos escolas de condução e exercício dos desportos motorizados. O estado de emergência foi decretado a 8 de agosto até às 23 horas e 59 minutos do dia 6 de setembro.
"O relaxamento das medidas vai trazer um impacto muito positivo para o lado económico", considera o jurista e jornalista Nelson Benjam, entrevistado pela DW África em Manica. "Em março paralisou setor das atividades, ginásios e cinemas, e há quem dependa destas atividades para conseguir viver. A reabertura das atividades poderá melhorar a condição financeira destas pessoas", diz.
Autoridades atentas a focos de propagação
A governadora de Manica, Francisca Domingos Tomás, desafiou já o Comité Operativo de Emergência para a Saúde Publicas (COE) a continuar a monitorizar os locais com maior aglomeração populacional, para que não sejam focos de propagação de Covid-19.
"Com o reinício das atividades desportivas, cinemas, teatros, casinos e ginástica, temos de fazer face a esse reinício para não termos um maior risco, controlando principalmente o número recomendado que é de 50", alertou.
Por isso, a governadora de Manica recomenda especial atenção para os locais de aglomeração, como é o caso das igrejas e dos mercados informais. "Um pequeno relaxamento não significa que as populações devem andar sem máscara. O que estamos a notar com insatisfação é que as nossas populações não estão a obedecer às normas estabelecidas e está com um pouco de relaxamento", advertiu Francisca Domingos Tomás.