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Dez pessoas já morreram devido ao mau tempo em Moçambique

20 de janeiro de 2017

Mais de 70 mil pessoas foram diretamente afetadas pelas chuvas e ventos fortes, principalmente no sul do país. O Instituto de Gestão de Calamidades ativou o alerta laranja para os próximos meses.

Foto: DW/L. da Conceição

Em Maputo, as chuvas intensas dos últimos dias não deram tempo a muitas pessoas para salvarem os seus bens. As fortes correntes de água inundaram e destruíram casas.

"Nós nem dormimos porque a chuva começou por volta das 2 horas da madrugada. Tentámos colocar sacos em frente da casa, para nos tentarmos proteger", conta Mauro Macamo, que viu a sua casa inundada no bairro Ferroviário, no norte da capital moçambicana.

Lerdito Valoi também foi afetado pelas chuvas. "A casa ficou destruída", lamenta Valoi que se encontra agora num abrigo. Valoi apela "a quem de direito que resolva a situação".

As cheias no sul de Moçambique, em janeiro de 2013, deixaram 70 mil desalojadosFoto: AFP/Getty Images/T. Cumbana

"Constantemente lançamos o apelo, mas eles [os apoios] só aparecem depois da chuva", acrescenta o moçambicano que está farto de ouvir promessas, que ficam por cumprir. Lerdito Valoi pretende que as autoridades municipais encontrem, de uma vez por todas, um terreno seguro, onde ele possa viver.

Três pessoas morreram em Maputo, na sequência das enxurradas. Em Nampula, no norte de Moçambique, morreram seis pessoas e em Manica, no centro, morreu uma. Centenas ficaram feridas e mais de 70 mil famílias foram afetadas.

140 famílias já recebem assistência

Moçambique está em alerta laranja por causa da previsão de chuvas e ventos fortes até março.Segundo Paulo Tomás, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, INGC, "equipas multissetoriais vão-se fazer ao terreno para analisar aquilo que é o ponto de situação desta época chuvosa, tendo em conta este cenário que foi avançado pelas previsões do INAM [Instituto Nacional de Meteorologia]".

Moçambique debaixo de chuvas intensas - MP3-Mono

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O INGC estima que, até agora, dez mil casas foram destruídas pelas chuvas e ventos fortes. Paulo Tomás deixa uma garantia: "Já estamos a assistir 140 famílias. Portanto, é um número evolutivo. E ao mesmo tempo que se vai atualizando os números, vai-se canalizando apoios a essas famílias."

O Instituto Nacional de Meteorologia anuncia a chegada de mais chuva na região centro e sul de Moçambique. O meteorologista Acácio Tembe prevê a ocorrência de dois ciclones, nos próximos 15 dias, junto à costa moçambicana. “Trata-se de sistemas que trazem ventos e chuvas, podemos ter destruição de casas", alerta Acácio Tembe.

 

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